Recentemente,
uma rádio de Salvador perguntou-me como classificaria o meu último livro,
Caminhando com Walkyria, se romance, biografia, autoajuda? Não tive dúvida, mas
certeza do que tinha escrito. “Um pouco de cada, todavia, a autoajuda
preponderava. Justamente por ser a história de uma sábia mãe, que, louca pela
vida e por amor, faz de tudo pra bem educar seus filhos, evidenciando-os como poderiam
ser muito mais felizes”.
Numa outra
oportunidade, questionado sobre o subtítulo, o livro que vai mudar a sua vida, também não relutei na resposta:
“Só mudamos quando queremos, quando temos consciência de que é preciso mudar,
melhorar, evoluir”. Na verdade, pouco adianta insistir com alguém que não se
importa com a sua vida, não tem ambição profissional, ser melhor como pessoa, com
o seu futuro, família, filhos, felicidade, de fato, galgar cada dia um degrau
na longa-curta estrada da vida.
Percebe-se,
portanto, que pessoas de pensamentos incertos, confusos, desorientados, ainda
não compreenderam que a danada da vida sempre exige mais do que somos capazes,
por isso mesmo, será muito mais difícil vencer, ser sucesso, principalmente
encontrar o caminho da felicidade.
José Saramago,
no dia do seu discurso, em Estocolmo, em 1998, quando ganhou o prêmio Nobel de Literatura,
disse: “O homem mais sábio que conheci, não sabia ler nem escrever”,
referindo-se ao seu avô. Faço das palavras dele, minhas, com duas pequenas
ressalvas: a pessoa mais sábia que conheci, era uma mulher, lia e escrevia,
normalmente. Hoje em dia, não mais me questiono por que os mais sábios, logo,
mais felizes, foram às pessoas mais humildes, necessitadas, sofridas, as mais
esforçadas!
O que somos e
aonde queremos chegar, é subjetivo. Porém podem e devem ser aperfeiçoadas,
remodeladas, revistas às nossas metas. Como? Tendo mente sã, aberta, receptiva
a tudo e a todas as coisas que ver, ouvir, sentir, ler, fazer. Não existem outras
formas, ou fórmulas mágicas para se evoluir, crescer, vencer, ser mais feliz.
As pessoas pensam
e agem de várias maneiras, semelhantes até, mas nunca iguais. Contudo, todos
precisam refletir sobre a vida, passado, presente e futuro, porque o caminho
não é curto, tampouco fácil. Está aí a sabedoria para amenizar, até mesmo
evitar os possíveis problemas na estrada da existência.
Aprendi com a
mulher mais sábia, Walkyria, que a vida não é fácil, mas também não é difícil,
só é mais difícil para quem pensa que a vida é fácil. Essas coisas, pensamentos,
reflexões, saber ouvir, ler muito, aconselhar-se, dedicar-se, faz realmente a
diferença do que você é, onde está, pra aonde quer chegar, o que quer ser.
Ser sucesso,
ser feliz. O que quer dizer isso? Só uma coisa. Sucesso é ser feliz. Porque o resto são vitórias, glorias, importa,
mas nem tanto. De que adianta ser rico, poderoso, famoso, sem paz,
tranquilidade, amigos verdadeiros, família ajustada, filhos bons, educados, promissores,
se tem pouco amor no coração?
Aprendi com a
mais sábia que para ser feliz é preciso, primeiro, amar a Deus sobre todas as
coisas, depois, ao próximo, sem distinção. Aprendi com ela tantas coisas, que
hoje em dia o que mais sei, é que pouco ainda sei, por isso, preciso continuar convicto
que muito ainda preciso aprender, por que a vida não é fácil, mais só é difícil
para quem pensa que é fácil.
Aprendi com
Walkyria, minha mãe, a mais sábia pessoa que conheci, que felicidade é estar em
paz, sorrir e amar muito, muito, tudo e todas as coisas do mundo, todas as
coisas de Deus.
Compreendo que
autoajuda é exatamente como felicidade - não se acha, se procura, se compra,
porque está dentro de cada pessoa.
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