quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Obama visita Nova Jersey nesta quarta após supertempestade Sandy


Mortos pela tormenta passam dos 30.
Número, porém, deve aumentar. Agências já falam em 43 mortos.

Do G1, com agências internacionais

Pelo menos 29 pessoas já morreram nos Estados Unidos após a violenta passagem da supertempestade Sandy pela Costa Leste dos EUA, segundo as autoridades. Uma pessoa morreu também no Canadá. Os números, porém, não são definitivos e devem aumentar, pois as agências internacionais noticiam nesta quarta-feira (31) que a tormenta já matou mais de 43 pessoas só em território norte-americano.
O presidente americano, Barack Obama, vai visitar nesta quarta-feira (31) Nova Jersey, um dos estados mais duramente afetados pela supertempestade, anunciou a Casa Branca.
Pouco antes o presidente havia dito que a crise causada pela supertempestade ainda não acabou, afirmando que faria o que fosse preciso para lidar com um drama que, segundo ele, deixou os Estados Unidos de coração partido.
"Esta tempestade ainda não acabou", disse Obama durante uma visita ao quartel-general da Cruz Vermelha americana, em Washington, acrescentando que as pessoas afetadas pela tempestade precisam saber que a América "está com elas".

O estado americano mais afetado pela tormenta foi Nova York, onde 15 pessoas morreram, dez delas na cidade de Nova York, bastante castigada por enchentes e blecautes.

As autoridades temem que o número seja maior, pois os trabalhos de resgate, principalmente na zona costeira, continuavam.
Mais de 8 milhões de lares e comércios, em 18 estados, se encontram sem eletricidade na Costa Leste dos Estados Unidos por causa da supertempestade, informou o governo federal. Os estados mais atingidos são Nova York (2 milhões) e Pensilvânia (1,3 milhão), segundo o Departamento de Energia.
O governador de Nova Jersey, estado pelo qual Sandy chegou ao continente, disse que o furacão provocou uma "devastação inimaginável" na costa e que os trabalhos para retirar moradores presos pelas inundações continuam.
A Guarda Nacional está ajudando nos trabalhos na região, onde muitas casas foram arrancadas de suas bases e arrastadas pelos ventos e pela água.
Nova York
O presidente Barack Obama, declarou  situação de emergência para todo o estado de Nova York após a passagem de Sandy.

Parte da ilha de Manhattan está inundada, e 500 mil pessoas ficaram sem energia elétrica na cidade de Nova York.
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Rodovia à beira-mar em Rodanthe, Carolina do Norte, danificada nesta terça-feira (30) pela passagem de Sandy (Foto: AP)Rodovia à beira-mar em Rodanthe, Carolina
do Norte, danificada nesta terça-feira (30) pela
passagem de Sandy (Foto: AP)
Perdendo força
Sandy perdeu força nas primeiras horas da manhã desta terça, enquanto prosseguia seu trajeto pelo leste dos Estados Unidos, mas ainda pode provocar fortes ventos e inundações, alertam as autoridades meteorológicas. Entenda o fenômeno.
O Centro Nacional de Furacões informou às 9h GMT (7h do horário brasileiro de verão) que Sandy se deslocava ao sul do estado da Pensilvânia com ventos de 105 km/h e rajadas ainda mais fortes sobre grande parte da Costa Leste.
A supertempestade, rebaixada para tempestade pós-tropical pouco depois de tocar a terra na costa de Nova Jersey na segunda-feira à noite, mas a destruição provocada superou amplamente seu nível na escala Saffir-Simpson dos furacões.
Uma empresa de previsão de desastres estimou que as perdas econômicas poderiam chegar a US$ 20 bilhões, sendo apenas metade desse valor garantida por seguros.
Sandy tocou a terra na noite desta segunda pela costa de Nova Jersey, com ventos de 130 km/h e deslocando-se a 37 km/h.
O olho do fenômeno (a parte central da tempestade) atingiu as proximidades de Atlantic City, de acordo com o boletim do Centro Nacional de Furacões (CNF), com sede em Miami.
As autoridades americanas haviam advertido sobre os riscos "sem precedentes" e ordenaram a saída de centenas de milhares de pessoas em cidades ao longo da faixa costeira da Nova Inglaterra (nordeste) até a Carolina do Norte (sudeste).
O presidente Barack Obama alertou os americanos sobre a ameaça representada por Sandy, ao citar uma "tempestade grande e poderosa' que poderia ter consequências desastrosas.

A passagem da tempestade interrompeu a campanha eleitoral americana, a uma semana das equilibradas eleições de 6 de novembro.
Tanto Obama como seu rival republicano, Mitt Romney, cancelaram eventos eleitorais.
Os dois candidatos têm consciência da importância política de dedicar toda a atenção às consequências da tragédia, pois lembram do que aconteceu com o furacão Katrina em 2005.
A resposta ao Katrina, que devastou Nova Orleans (Louisiana, centro-sul do país), foi encarada como um fracasso das autoridades, lideradas pelo então presidente republicano George W. Bush, o que marcou o restante de seu segundo mandato.
Em sua passagem pelo Caribe, na semana passada, Sandy deixou 67 mortos, milhares de desabrigados e muitos prejuízos. Só no Haiti, foram 51 mortos.

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