Guilherme Waltenberg | Agência Estado
Os três candidatos à Prefeitura de São Paulo mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de voto, Celso Russomanno (PRB), José Serra (PSDB), e Fernando Haddad (PT), voltaram a usar o penúltimo dia de propaganda eleitoral na televisão para dar sequência à troca de ataques que já vinham travando nesses programas. Nos programas da noite desta segunda-feira, exibido entre 20h30 e 21h, além dos ataques mútuos, Serra mostrou feitos de suas gestões como prefeito e governador de São Paulo e Haddad mostrou mais uma vez como votar em sua candidatura neste domingo, dia do primeiro turno.
Russomanno repetiu o programa exibido na tarde desta segunda, no qual um locutor atribui os ataques que ele vem sofrendo ao "desespero e leviandade" dos seus adversários. O programa também exibiu um eleitor que critica Russomanno por ter votado contra o projeto Ficha Limpa no Congresso, quando era deputado federal. Russomanno, então, respondeu que votou para o projeto ser ainda "mais duro" do que era e o eleitor, antes desconfiado, acabou sendo convencido.
Já o programa de Fernando Haddad foi iniciado com os apresentadores comemorando os resultados das pesquisas de intenção de votos que registraram o crescimento da candidatura do petista. "Haddad é o candidato que mais cresce nas pesquisas", disse um apresentador. O programa do PT ressaltou ainda que o candidato tucano, José Serra, tem os maiores índices de rejeição entre os candidatos deste pleito.
O programa do PT também mostrou trechos de um comício em que Haddad, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, critica a proposta de Russomanno de fazer tarifas proporcionais aos usuários de ônibus, que pagariam de acordo com o deslocamento. "É uma discriminação contra o povo da periferia (que mora mais longe)", disse Haddad.
Durante seu programa, o tucano José Serra exibiu realizações suas de quando era prefeito ou governador, como a ampliação no número de vagas nas Escolas Técnicas Estaduais (ETECs) e a criação das Assistência Médica Ambulatorial (AMA). O programa também criticou a situação da saúde durante a gestão da ex-prefeita petista Marta Suplicy (2001-2004), exibindo reportagens da época.
Gabriel Chalita (PMDB) apresentou parte de sua biografia no programa, ressaltando seus feitos como secretário estadual da Educação. Chalita também afirmou ser o candidato com mais chances de vencer Russomanno em um eventual segundo turno pois "uniria o PT e o PSDB". Soninha Francine (PPS) sugeriu mudanças no modelo de administração das subprefeituras e Paulinho da Força (PDT) disse que, se eleito, irá zerar o déficit de vagas em creches no município.
Carlos Giannazi (PSOL) ressaltou em seu programa que "não tem medo de falar" e mostrou trechos de debates televisivos nos quais ele critica os três candidatos que lideram as pesquisas de intenção de votos. Ana Luiza (PSTU) criticou PT, PSDB e Celso Russomanno por estarem supostamente envolvidos em escândalos de corrupção. Eymael (PSDC) disse que, se eleito, irá "fazer o que tiver que ser feito sem estabelecer limites". Levy Fidelix (PRTB) pediu votos para seu partido. Miguel Manso (PPL) queixou-se de não ser chamado para os debates na televisão e Anaí Caproni (PCO) não veiculou propaganda.
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