terça-feira, 30 de outubro de 2012

'Ficou invisível', diz amazonense em NY, sobre altos prédios de Manhattan


Amazonenses seguem recomendação de não sair às ruas para evitar Sandy.
Tempestade já matou 66 pessoas em Cuba, Haiti e outras ilhas do Caribe.

Mônica Dias Do G1 AM

Foto tirada por Ian da varanda de sua janela, por volta das 17h30, horário de NY, desta segunda-feira (29) (Foto: Ian Fonseca)Foto tirada por Ian da varanda de sua janela, por
volta das 17h30, horário de NY, desta segunda-feira
(Foto: Ian Fonseca)
O músico Ian Fonseca, de 23 anos, e o empresário Roberto Russo, de 27, foram há 11 dias para Nova York fazer alguns cursos de engenharia de áudio e acabaram sendo surpreendidos com a notícia do furacão Sandy. Com viagem de volta marcada para o dia 20 de novembro, os amazonenses terão de enfrentar o fenômeno natural, que já matou 66 pessoas em sua trajetória por Cuba, Haiti e outras ilhas do Caribe e pode ser a maior tempestade dos Estados Unidos, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA.
Os amigos estão dividindo um apartamento na ilha de Manhattan, em Bleecker Street, entre o Greenwich Village e o West Village. Como o local fica longa de área costeira, eles não estão tão preocupados. "Não tem motivo pra medo. É só não sair na rua, pra não arriscar. O problema é que a previsão é de que piore, então pode começar a ficar realmente perigoso", comentou Ian.
De acordo com Ian, as ruas estão 'Big Apple' estão desertas e os altos prédios de Manhattan estão 'invisíveis', cobertos pelas nuvens escuras. "As ruas estão interditadas. Tem um andaime que quebrou no alto de um prédio em Midtown. A Freedom Tower, bem vista daqui de onde estamos, está encoberta por uma massa espessa de ar chuvoso. Ficou tudo invisível", relatou o músico. "Até ontem dava pra ver tudo com nitidez, a partir de hoje começou a ficar invisível pela tempestade", completou Roberto.
Como medida de prevenção, os amigos compraram água e comida suficiente para três dias. "Nós tivemos que tirar alguns vasos da varanda, além de manter todas as janelas fechadas. Não foi preciso colocar reforço nas janelas", contou Roberto.
Para deixar os familiares menos preocupados, os dois contaram que mandam notícias pelas redes sociais. "Já entrei em contato e tranquilizei meus familiares, além de estar constantemente mandando informações em tempo real pelo Facebook", disse Roberto.
Foto tirada na viagem. Roberto Russo, a esquerda, Nigel Godrich, produtor da banda Radiohead no meio, e Ian Fonseca, a esquerda. (Foto: Arquivo pessoal)Os dois amigos amazonenses viajaram para Nova Iorque para estudar (Foto: Arquivo pessoal)
O G1 entrou em contato com o irmão de Ian, o administrador e músico Natan Fonseca, de 21 anos, que declarou estar confiante na segurança do irmão. "Estamos preocupados, pois é um fenômeno de proporção que a cidade nunca enfrentou antes, então por isso não temos noção de exata de quais vão ser as consequências. No entanto, conhecemos a capacidade da infraestrutura americana e confiamos que em pouco tempo tudo deve voltar à normalidade", declarou.
O governo americano decretou estado de emergência em oito estados da Costa Leste (Nova York, Pensilvânia, Nova Jersey, Massachusets, Rhode Island, Connecticut, Delaware e Maryland). De acordo com meteorologistas, a 'Big Apple' poderá ser uma das áreas mais afetadas pela tempestade. Mais de 6.800 voos foram cancelados e o sistema de transportes públicos de Nova York foi completamente interrompido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário