sexta-feira, 28 de setembro de 2012

SERÁ QUE TEREMOS OUTRA GREVE?

Professores estaduais param aulas por pagamento do piso, diz sindicato

Categoria participa de evento sobre educação nesta sexta, em Salvador.
Sindicato diz que acordos feitos com o governo ainda não foram cumpridos.

Do G1 BA

Os professores da rede pública de ensino da Bahia suspenderam as atividades na manhã desta sexta-feira (28) para protestar contra o não cumprimento da Lei do Piso e da falta de negociação do governo do estado após o fim da greve dos docentes em agosto, segundo informações do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira.
Ainda de acordo Oliveira, desde as 8h desta sexta, professores participam de um evento no bairro do Itaigara, em Salvador, que discute a educação no ensino médio. O presidente do Sindicato dos Professores disse ainda que outra paralisação da categoria está prevista para a quarta-feira (3). "O governo não sentou à mesa para negociar nada com a categoria. Nada do que foi acertado foi cumprido", afirmou.
Procurada pelo G1, a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC) informou que tem conhecimento da participação dos professores em um seminário na manhã desta sexta-feira, mas ficou de apurar a paralisação afirmada pelo sindicato para se pronunciar a respeito.
Professores mantêm greve e dizem que sairão de assembleia (Foto: Reprodução/ TV BA)Professores paralisaram atividades por 115 dias
na Bahia (Foto: Reprodução/ TV Bahia)
Greve
A paralisação dos professores durou 115 dias na Bahia. Mais de um milhão de alunos ficaram sem aulas. Um novo calendário foi feito e as atividades do ano letivo de 2012 vão até março de 2013. A Bahia possui 32 mil profissionais de educação e, do total, 80% fizeram parte do movimento grevista, segundo a vice-coordenadora da APLB, Marilene Beltros.

A última remessa de pagamento dos salários dos professores, suspensos durante a greve, começou a ser feito no dia 14 de agosto, segundo a Secretaria de Educação da Bahia. O órgão afirmou que os valores referentes ao período de abril a julho foram liberados à medida que o calendário de reposição de aulas foi definido por cada escola. A vice-coordenadora da APLB, confirmou o recebimento do dinheiro pelos professores que ainda não haviam sido pagos.
Pedido dos professores
As cinco cláusulas da categoria foram apresentadas ao governo no dia 1° de agosto. Os professores pediram a readmissão dos colegas demitidos durante o movimento; a retirada de processos administrativos contra professores em estágio probatório; o cancelamento dos processos judiciais contra o sindicato; o pagamento imediato dos salários cortados; o repasse do dinheiro da contribuição sindical e o retorno das negociações.
No dia 2 de agosto, o governo do estado respondeu à proposta apresentada pela APLB-BA acatando as solicitações referentes às demissões, processos administrativos, corte dos salários dos professores e repasses das contribuições sindicais. O governo incluiu ainda a parte financeira, que não foi citada na proposta dos professores.
A proposta salarial do governo mantém o reajuste cedido este ano com variação entre 6,5% e 11,5%, além de conceder aos professores licenciados da carreira de Magistério, por meio de curso de atualização, promoções com ganho de 7% em novembro deste ano e 7% em março de 2013.

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