Planta é tratada como em cultivo, com todos os cuidados de uma lavoura.
Investimento inicial é de R$ 10 mil por hectare, de acordo com agrônomo.
No município de São Pedro, no Rio Grande do Norte, uma fazenda de 800 hectares tem como principal atividade a engorda de gado. São 650 animais, mas também mantém 550 cabeças de ovinos.
Ali se planta palma há muitos anos, mas, de uns tempos pra cá, o proprietário Eduardo Patriota e o agrônomo Vigoberto Alves de Aquino, mais conhecido como Vigor, decidiram investir no cultivo.
O espaçamento entre linhas é de 1,60 metros e, entre plantas, apenas 10 centímetros. Quase não se vê onde termina uma planta e começa a outra. Por hectare são 62.500 pés de palma. Por enquanto a área plantada é de 15 hectares e a palma é tratada como um cultivo, com todos os cuidados de uma lavoura.
O cultivo começou em 2010 e inclui dois tipos de palma. A miúda ou doce, indicada para áreas com mais chuva, e a gigante ou salgada, para regiões mais secas. A palma é cortada todos os dias na época seca, normalmente de setembro a fevereiro.
Por lá não existe a principal praga da palma: a cochonilha. Segundo o agrônomo, o problema foi controlado com a boa nutrição. Um cultivo assim, tratado como tomateiro, como diz o dono da fazenda, tem um preço que não é baixo. “O nosso custo aqui é aproximado de R$ 10 mil por hectare para implantar no primeiro ano. Isso porque você tem que fazer sulcamento e adubação um pouco mais pesada na fundação”, explica o agrônomo.
A palma produzida na fazenda vai praticamente toda pra alimentação do gado. Um pouco já foi vendido a R$ 0,10/kg, para ser usado como muda ou para engordar o gado em outras fazendas. Na alimentação do gado ainda entra a cana e sal proteínado.
O agrônomo também tem feito testes para a produção do farelo de palma. A palma é picada e colocada no terreiro para secar, depois ela vai pro triturador. “Nós tiramos aqui 90% de umidade. Se vamos fornecer 40 quilos a uma vaca, nós só precisamos fornecer desse material 4 quilos. Então do ponto de vista de deslocamento fica muito mais fácil levar isso aqui. Está com todos os componentes. Nós poderemos passar entre 8 e 12 meses com esse material bem armazenado e poderá ser servido ao longo do ano”, conta o agrônomo.
Tanto o farelo quanto o plantio superadensado são novidades. Muitos testes e adaptações ainda virão, mas as apostas no sucesso do novo manejo são altas.
EU ESTOU COM UMA DÚVIDA: QUAIS AS MÁQUINAS QUE USAM PARA FAZER O FARELO DE PALMA?
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