domingo, 30 de setembro de 2012

Pequena empresa oferece produtos e serviços para tratar lixo orgânico


Empresário vende composteiras e elabora projetos de destinação de lixo.
Com investimento de R$ 20 mil, ele vende 30 peças por mês, a R$ 145.

Do PEGN TV

Em Campinas, interior de São Paulo, uma pequena empresa oferece produtos e serviços para tratamento correto do lixo orgânico, que ajudam reduzir o impacto ambiental de forma simples como a composteira.
O produto, que recicla os resíduos de casa, tem um mercado promissor em um momento de aumento de consciência ambiental e em que 22 milhões de toneladas de alimentos vão para o lixo todos os anos. Com o tempo, esse resíduo contamina solo e rios, gera gás metano que agrava o efeito estufa e atrai ratos e insetos, transmissores de doenças.
Os aterros sanitários são uma alternativa de tratamento do lixo, mas não resolvem o problema, por isso o melhor é diminuir o lixo, o que se pode fazer com a composteira. Com 60 centímetros de comprimento e 40 centímetros de largura, ela é ideal para apartamentos.
“As composteiras foram desenvolvidas com intenção de uso em zonas urbanas, onde é difícil você destinar o seu lixo orgânico para outra opção que não seja o aterro sanitário”, diz José Mendonça Furtado, empresário. Com ela, moradores de apartamentos e outros locais pequenos ganham a possibilidade de colaborar com o meio ambiente.
A composteira é montada em uma caixa de plástico, que ganha furos embaixo, dos lados e em cima. Dentro, vai papelão picado e umedecido e, em seguida, minhocas. Depois disso, já se pode começar a despejar o lixo orgânico como restos de frutas, legumes, casca de ovo, papel, borra de café coado. No final, é preciso cobrir com papel picado.
Os resíduos viram o húmus, que é um adubo riquíssimo e pode até gerar outro negócio já que é usado, por exemplo, no cultivo de hortaliças e temperos. Para usar o húmus, basta retirá-lo da caixa de minhocas e colocar nos vasos.
“A duração é ilimitada. As minhocas vão se procriando também e eventualmente essa caixa pode ser dividida para ser usada em outra família ou com mais volume de resíduos”, diz Furtado, que investiu R$ 20 mil no negócio. O dinheiro foi usado em testes e no estoque de composteiras e hoje são vendidas 30 unidades por mês, cada uma a R$ 145.
Além da composteira doméstica, o empresário desenvolve projetos para a destinação correta do lixo, de acordo a origem e com o volume gerado. “Os projetos nossos destinados a empresas são para tratamento de poda e grama e também para os alimentos processados, arroz, feijão, carnes e essa destinação é feita no local, evitando o transporte para aterros sanitários”, explica.
O processo natural de decomposição de materiais orgânicos também pode ser explorado em aula de ciências por meio da composteira doméstica, que se torna um instrumento a mais para ensinar a lição.
Além de entender o processo, os estudantes podem recolher húmus e utilizar na horta da escola. “Hoje estamos plantando erva cidreira, salsinha, cebolinha. Agora vamos plantar pimentas e também os feijões”, diz a coordenadora de escola Marcia Regina Correa.
“A composteira é onde as minhoquinhas moram. Não pode ter arroz e feijão, só pode ser restos de frutas. Deixa guardada para por na composteira, para as minhoquinhas”, diz Alicia, de 6 anos.
A aposta do empresário José Mendonça em um meio ambiente mais saudável, também rende negócios. “A preocupação é enorme com o meio ambiente, com a sustentabilidade, e esse tipo de produto vem possibilitar que as pessoas simplesmente possam colaborar com todo esse movimento social”, diz o empresário.

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