Cerca de 25 índios da região da zona da mata têm diabetes.
Alimentação errada seria um dos fatores para o número de casos.
Índia bebe refrigerante (Foto: Paula Casagrande/G1)
Os profissionais da área de saúde indígena, responsáveis pelas áreas de Cacoal, RO, Pimenta Bueno,
RO e Espigão do Oeste, RO, têm se preocupado com o aumento do número de
diabéticos nas aldeias da etnia cinta larga. Do total de indígenas
atendidos nas 14 aldeias da região, cerca de 1,1 mil, pelo menos 25
apresentam o quadro da doença.Para a enfermeira da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) Angélica de Souza Costa, o motivo da alta incidência, além da questão genética, é também a alimentação, e vem preocupando a todos.
“A questão genética tem a influência dos casamentos entre parentes, comuns nas aldeias. Somado a isso, temos o fato da alimentação indígena ter sido mesclada com a alimentação da cidade: há o consumo exacerbado de refrigerantes por esses indígenas”, explica Angélica.
O acompanhamento dos índios com diabetes é feito pelos profissionais de saúde da Sesai mensalmente. “Esses e outros casos têm acompanhamento mensal de médicos e enfermeiros, que visitam as aldeias”, ressalta Angélica.
O indígena Rondon Cinta Larga, liderança da aldeia Roosevelt, distante cerca de 90 quilômetros de Espigão do Oeste, também se mostra preocupado. Segundo Rondon, em sua aldeia há pelo menos 10 diabéticos.
“Nós tivemos explicações sobre nossa própria alimentação e do cuidado com os alimentos bases, como batata ou milho. Hoje sabemos que isso também pode provocar essas enfermidades”, relata Rondon. Para o indígena, há ainda outros fatos que auxiliam na expansão da doença dentro das aldeias. “Os jovens de hoje não estão mais tão interessados em esportes, então acabam se tornando sedentários, o que também prejudica a saúde”, lamenta o indígena
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