sábado, 1 de setembro de 2012

Atual presidente angolano deve ser reeleito


Folha Vitória
Agência Estado
Redação Folha Vitória
Luanda - A Angola começou neste sábado a contabilizar os votos da sua segunda eleição presidencial desde o fim da guerra civil. Segundo pesquisas, o presidente José Eduardo dos Santos deve ser reeleito, apesar das demandas da camada mais pobre da população por melhores condições de vida, com a distribuição dos lucros obtidos com a exploração de petróleo.

A Comissão Eleitoral Nacional disse que os resultados iniciais devem ser anunciados ainda neste sábado, mas eleitores desesperados por informações sobre a eleição encheram as bancas de jornais em busca de um exemplar do periódico oficial Jornal de Angola. Na sexta-feira, dia da eleição, foi declarado feriado nacional.

A emissora estatal de televisão veiculou imagens de pessoas votando em mais de 10 mil escolas, que ficaram fechadas por um mês para poderem se preparar para a eleição. "A votação ocorreu de maneira ordenada em todo o território nacional", dizia a manchete do Jornal de Angola. Quase 9,7 milhões de eleitores estavam aptos a votar, mas a participação na eleição não é obrigatória. Nas eleições de 2008, cerca de 87% dos eleitores participaram.

A apuração começou pouco após o fim da votação, mas o processo deve levar vários dias, pois muitas urnas precisam ser transportadas de regiões remotas do país. O presidente Santos, do Movimento Popular de Libertação da Angola (MPLA), está no poder há 33 anos e, se sair vitorioso, terá outro mandato de cinco anos.

O MPLA tem atualmente 191 das 220 cadeiras do Parlamento, que também será renovado nesta eleição. Pesquisas apontam que o principal partido de oposição, o Unita, pode crescer um pouco este ano, conquistando o voto de eleitores que reclamam da falta de democracia e da desigualdade social.

Pouco depois da independência da Angola, em 1975, teve início uma guerra civil, que durou até 2002 e terminou com a morte, em combate, do líder histórico do Unita, Jonas Savimbi. Desde então o movimento abandonou as armas e aderiu ao processo político, mas reclama de fraudes nas eleições. As informações são da Dow Jones.

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