segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Projeto Karatê em escola de Porto Velho (RO) disciplina e melhora notas


'Com o esporte eu aprendi valores que levarei para toda a vida. E minha família adora', afirma o aluno e faixa marrom Arlindo Pereira, de 15 anos

Por Larissa Vieira Porto Velho

Equipe de karatê da escola Tiradentes em Porto Velho (RO). (Foto: Larissa Vieira/GLOBOESPORTE.COM)Equipe de karatê da escola Tiradentes em Porto Velho (RO). (Foto: Larissa Vieira/GLOBOESPORTE.COM)
Há um ano e sete meses, o karatê tem mudado a vida de cerca de 40 crianças do Colégio Estadual Tiradentes, em Porto Velho (RO).  Os treinamentos acontecem seis dias por semana, em três turnos (com exceção do sábado) e com isso não há desculpas para não participar.
- Após iniciarem a prática do esporte, houve um grande salto no desenvolvimento escolar e social. Nosso sonho era somente alinhar o esporte ao ensino, mas tudo tomou uma proporção muito maior. Iniciamos com cinco crianças apenas – disse o diretor, tenente-coronel Marcos Rocha.
Projeto
O diretor do colégio explica que depois de uma avaliação no desempenho dos alunos, percebeu-se que grande parte dos problemas em sala de aula vinham de casa.
Aula de karatê na escola Tiradentes em Porto Velho (Foto: Larissa Vieira/GLOBOESPORTE.COM)Aula de karatê na escola Tiradentes em Porto Velho
(Foto: Larissa Vieira/GLOBOESPORTE.COM)
- As condições dos nossos alunos, sem generalizar, os problemas estavam na família. E isso, consequentemente abalava o desenvolvimento escolar. Com isso, nós entendemos que uma das formas de transformação poderia ser feito através do karatê – lembra.
Os jovens karatecas Arlindo Pereira, de 15 anos, e Samuel Mota, de 13, são exemplos.
- Eu luto desde os quatro anos, praticamente nasci no tatame. Mas foi o trabalho que iniciei na escola que me ajudou quanto ao desempenho escolar. Com o esporte eu aprendi valores que levarei para toda a vida. E minha família adora – afirma o faixa marrom Arlindo.
Samuel é um dos destaques na modalidade (Foto: Larissa Vieira/GLOBOESPORTE.COM)Samuel é um dos destaques na modalidade
(Foto: Larissa Vieira/GLOBOESPORTE.COM)
- Meu pai sempre me incentivou, mas foi aqui no projeto que ele notou a diferença nas minhas notas. De notas baixas passei a ter só ‘notão’ – conta o aluno Samuel.
E em alguns casos de ver a melhora nos filhos, alguns pais são atraídos pelo esporte. É o caso de Brena, que há sete meses decidiu participar do projeto. Ela e a filha Tayla Renata dividem o tatame.
- Eu senti diferenças quanto ao meu condicionamento físico e quanto ao desempenho escolar da minha filha. Hoje ela é uma das mais elogiadas pelos professores – afirmou Brena.
O bom desempenho escolar com a prática do karatê aumentou a procura por vagas na instiuição. O diretor atribui a um conjunto que deu certo.
- Família, escola, esporte e sociedade, é a combinação perfeita e que têm dado bons frutos. E a frente de tudo isso estão os senseis Clébio Billyani e Arlindo Pereira - elogia.
Arlindo tem 60 anos de idade e é 6º Dan, além de presidente da Federação Rondoniense de Karatê. Ele garante que o trabalho não deve ser apenas físico, mas em todas as áreas de formação cidadã.
- Queremos dar uma outra dimensão ao esporte no trabalho com crianças. Então, nosso pensamento é fazer com que a atividade esportiva abranja um todo, não apenas uma parte – conclui Arlindo.
Além do karatê, o colégio também oferece aulas de judô e o taekwondo

Um comentário:

  1. Uma pessoa não anda a praticar uma qualquer arte durante dezenas de anos para um dia eventualmente a poder aplicar; isso é muito pouco como motivação. Felizmente nunca tive necessidade de utilizar o que aprendi nas Artes Marciais, sempre fui pacífico e ninguém me obrigou a utilizá-las. Não tenho dúvida de que a minha personalidade, o meu comportamento social e mesmo profissional foram muito marcados pela minha prática das Artes Marciais.aprendi muito com o grande mestre Arlindo meu mestre! sinto saúdade desse tempo! Obrigado.

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