quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Preços globais de alimentos subiram 10% em julho, diz Banco Mundial


De junho a julho, os preços do milho e do trigo subiram 25%, diz.
Bird pediu aos governos apoio a programas que protegem populações.

Da Reuters

Os preços globais dos alimentos subiram 10% em julho com relação a junho, com a seca afetando as áreas produtoras nos Estados Unidos e leste da Europa, disse o Banco Mundial em comunicado desta quinta-feira (30), pedindo aos governos que ofereçam apoio aos programas que protegem as populações mais vulneráveis.
De junho a julho, os preços do milho e do trigo subiram 25% cada, os preços da soja ganharam 17%, e apenas os preços do arroz caíram 4%, disse o Banco Mundial.
De modo geral, o índice de preços dos alimentos do Banco Mundial, que acompanha os preços de commodities negociadas internacionalmente, estava 6% acima do registrado em julho do ano passado e 1% acima do pico anterior, de fevereiro de 2011.
"Não podemos permitir que essas altas históricas de preço se tornem uma vida de riscos, uma vez que as famílias tiram as crianças da escola e comem menos alimentos nutritivos para compensar os altos preços", disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim. "Os países precisam fortalecer seus programas direcionados a aliviar a pressão sobre a população mais vulnerável, e implementar as políticas certas."
"A África e o Oriente Médio são particularmente vulneráveis, mas também o são as pessoas em outros países onde os preços dos grãos subiram de forma brusca", acrescentou Kim.
A severa seca nos Estados Unidos reduziu fortemente a produtividade do milho e da soja este ano, enquanto um seco verão na Rússia, Ucrânia e Cazaquistão afetou a produção de trigo.
O Banco Mundial disse que seus especialistas não projetam uma repetição de 2008, quando o aumento dos preços dos alimentos estimulou revoltas em alguns países.
"No entanto, fatores negativos, como exportadores perseguindo políticas de pânico, um El Niño severo, baixas safras no hemisfério sul ou fortes aumentos dos preços de energia - podem causar aumentos ainda maiores, como os vivenciados há quatro anos", disse o banco.

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