terça-feira, 28 de agosto de 2012

Peixe que se alimenta de sangue é perigo em praias do Rio Tocantins


Peixe Candiru é atraído pelo odor da urina e penetra nos órgãos genitais.
Este ano, quatro pessoas foram vítimas do Candiru na Praia do Cacau.

Do G1 MA com informações da TV Mirante

Um peixe que se alimenta de sangue e é atraído pelo odor da urina pode causar problemas para os banhistas que frequentam as praias do Rio Tocantins. O Candiru, peixe típico dos rios da Bacia Amazônica, penetra no órgão genital e só pode ser retirado por meio de cirurgia. Este ano, quatro pessoas já foram vítimas do Candiru na Praia do Cacau, em Imperatriz.
Conhecido também como peixe vampiro, o Candiru chega a medir até 12 centímetros de comprimento e é confundido facilmente com outros peixes. Só este ano já foram registrados quatro casos de ataque de peixe Candiru a banhistas na Praia do Cacau. O peixe é atraído pela urina e ao entrar pelo órgão genital do homem ou da mulher provoca muita dor e sangramento. Neste fim de semana uma mulher teve que ser levada as pressas para o hospital municipal.
O médico Valberto Cunha de Sousa, do SAMU, diz que depois que o peixe se aloja no aparelho genital sua retirada só é possível por meio de um procedimento cirúrgico. O peixe, que se alimenta de sangue, causa pequenos cortes ao entrar no corpo, que podem provocar uma hemorragia.
O biólogo Marcelo Francisco da Silva, da Universidade Estadual do Maranhão, diz o Candiru é típico da Bacia Amazônica e por isso sempre esteve presente no Rio Tocantins. Segundo ele, existem várias espécies. Todas são parasitas, mas apenas algumas se alimentam de sangue. De acordo com o biólogo não é preciso ter medo de tomar banho no rio, apenas tomar alguns cuidados para evitar se tornar a próxima vitima. “Se a pessoa está vestida com um biquíni ou uma parte de baixo mais apertada, o peixe não vai ter como entrar, ele não irá rasgar o tecido para entrar no canal. Na maioria dos casos em que acontecem a penetração, as pessoas acabam expondo o canal para urinar, o que gera uma porta de entrada para esse peixe”, explica o biólogo.

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