Uma das preocupações da equipe é com a preservação do pirarucu.
Espécie é uma das mais atingidas pela pesca predatória.
Os peixes procurados pela equipe do instituto estão no município de Cocalinho, em Mato Grosso. No período de chuva, até as partes mais altas da fazenda onde é realizado o trabalho ficam alagadas. Mas em tempos de seca, o rio baixa e revela lagos onde o pessoal fará a coleta dos peixes para o inventário. A equipe passa a rede para capturar os peixes. Por ser uma malha bem fina, é possível reter desde pequenos a grandes exemplares sem causar ferimentos.
O pirarucu, que na língua indígena quer dizer peixe vermelho, destaca-se no meio de tantas espécies. Os filhotes, que têm camarão de água doce no cardápio, estão bem gordinhos para a idade. Um peixe pode chegar a 180 quilos e a 2,5 metros.
A cartilagem, que protege a cabeça, prova que o pirarucu é um peixe pré-histórico. De carne saborosa, a espécie é presa fácil para os pescadores. Ele tem dois sistemas respiratórios: um deles funciona embaixo d água é o outro trabalha fora dela, que o torna vulnerável quando o peixe vem à tona para respirar.
O pirarucu, que pode se visto de longe pelos predadores, está amparado por lei ao menos em áreas de proteção ambiental. A pesca é proibida e matar um peixe desses é crime ambiental. Saber onde ele ainda ocorre com fartura é uma forma de protegê-lo junto com tantas outras espécies que vivem no Araguaia.
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