Comportamento dos insetos pode indicar quando há impacto ambiental.
Área de pesquisa do projeto compreende Manaus e os municípios do AM.
Pesquisadores do Inpa em coleta de campo dos insetos aquáticos no Amazonas (Foto: Divulgação)
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), através do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência em Ciência e Tecnologia (Pronex), desenvolve desde 2009 um levantamento das espécies de insetos aquáticos em Manaus e municípios da região metropolitana.“O foco de estudo é o levantamento através do inventário da diversidade de insetos aquáticos da região, conhecendo a biologia e a ecologia para utilizá-la como ferramenta na avaliação de classe ambiental, além da divulgação e popularização da ciência”, destacou Neusa Hamada, ressaltando que o projeto teve início na década de 1980.
Inseto aquático conhecido como João Pedreiro (trichoptera) coletado no Amazonas por pesquisadores do Inpa (Foto: Divulgação)
A especialista enfatizou que a relevância dos estudos dos insetos aquáticos refere-se à necessidade do conhecimento da diversidade, objetivando saber quando o sistema ambiental está sendo modificado em virtude de impactos provocados pelo homem.“Entres as situações que podem causar impacto as espécies de insetos, a construção de estradas e hidrelétricas, o descarte irregular de substâncias químicas em igarapés são as principais causas. Os insetos funcionam como termômetro, isto é, o seu comportamento são indicadores desse impacto. Além disso, os resultados dos estudos de entomologia são importantes para definição de áreas de preservação ambiental e parques. Por isso, precisamos conhecer a diversidade e a distribuição desses insetos”, ressaltou Neusa Hamada.
Inseto aquático Siriruia (ephemeroptera) uma das espécies encontradas em solo amazonense que integra inventário do Inpa (Foto: Divulgação)
De acordo com a coordenadora da pesquisa, para definição de parques e áreas ambientais, o comportamento de um grupo específico de insetos aquáticos mais sensíveis aos impactos é verificado minuciosamente. “A qualquer alteração que o ambiente sofre já reflete na composição e na presença dos insetos pertencentes ao grupo EPT (Epehemeroptera, Plecoptera e Trichoptera)”, esclareceu a bióloga.Segundo Neusa Hamada, 20 pessoas entre pesquisadores, alunos de mestrado, doutorado e graduação, estão envolvidas nos estudos dos insetos aquáticos, que tem como campo de pesquisa Manaus e região metropolitana, além dos municípios amazonenses de São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Presidente Figueiredo, Novo Airão, Manacapuru e Rio Preto da Eva.
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