segunda-feira, 30 de julho de 2012

Pesquisadores criam equipamento que filtra sal de água salobra na PB


Placas de cimento, alumínio e inox produzem 40 litros de água por dia.
Custo de instalação do equipamento não passa de R$ 1,5 mil.

Do Globo Rural
Estudantes e pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba criaram um equipamento que transforma água salobra em água doce. O dessalinizador usa os raios solares para fazer a filtragem.
Os estudantes de agroecologia descobriram que o sol pode ser um grande aliado do agricultor na região do semiárido. Setenta por cento dos poços perfurados no Nordeste tem água salgada. A solução pode ser o destilador que usa energia solar para tirar o sal.
O processo começa na caixa que recebe agua do poço. O recipiente foi pintado de preto para aquecer o líquido. Depois, a água passa por 20 canos de PVC revestidos com 600 garrafas pet também pretas. A temperatura dentro da caixa pode chegar aos 50 graus. No destilador, a temperatura atinge 60 graus. O sal fica embaixo e a água evapora. O vidro faz com que ela escorra até o balde.
O sal que sobra é retirado a cada seis meses e misturado na ração do gado. O projeto foi adotado no sítio do agricultor Jorge Mendonça, na zona rural de Soledade.
As placas de cimento, de alumínio e de inox produzem 40 litros de água por dia. Os materiais são acessíveis ao homem do campo, o maior objetivo da pesquisa. O custo de instalação do equipamento não passa de R$ 1,5 mil.
“O destilador por osmose reversa deixa 50% de rejeitos. O rejeito do dessalinizador é zero. Então não é lançado ao meio ambiente”, explica Elizabeth Nunes, estudante de agroecologia.
Os envolvidos no projeto querem divulgar as vantagens para que a produção em série barateie a construção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário