segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mato Grosso perde vice-liderança nacional em exportações de carne


Embargo russo ainda continua influenciando resultados do estado.
Em seis meses, participação nas vendas chegou a 16,6%.

Leandro J. Nascimento Do G1 MT

Produção de carne bovina em frigorífico de Barretos, SP (Foto: Reprodução EPTV)Embargo russo continua influenciando vendas
(Foto: Reprodução EPTV)
Mato Grosso perdeu uma posição no ranking brasileiro das exportações de carne bovina. O menor envio da proteína ao mercado internacional neste primeiro semestre do ano - na comparação com o igual período de 2011 - fez o estado passar de segundo para terceiro maior exportador, agora concentrando 16,6% das operações. Entre janeiro a junho do ano passado a participação da unidade federada era de 18,2%.
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), atribui a baixa nos negócios como reflexo do embargo russo. A restrição comercial já dura um ano e impossibilitou ainda estados como Paraná e Rio Grande do Sul a venderem para o país.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontam que somente nos seis primeiros meses deste ano Mato Grosso exportou 89.966 toneladas de carne bovina e movimentou US$ 347.333. Tanto a média mensal de carne vendida, quanto a de movimentação financeira recuaram: 7,8% e 12,11% respectivamente entre um ano e outro.
Se por um lado Mato Grosso perdeu espaço em função da barreira russa, estados como Mato Grosso do Sul e Goiás ampliaram seus envios para o país neste primeiro semestre de 2012 em 693,4%¨e 101,5%, consecutivamente, apontou nesta segunda-feira (30) o Imea.
O desempenho favorável até esta etapa do ano fez Goiás retornar à posição de vice-líder nacional, com aumento de 42,6% do total embarcado no primeiro semestre de 2012, com 72,8 mil toneladas.
Já Mato Grosso do Sul elevou de 8,4% para 12,8% os embarques, crescimento de 54,8% no volume exportado, aponta o Imea.
São Paulo, maior exportador do Brasil, contabilizou queda de dez pontos percentuais na participação nacional. Até o mês de junho deste ano respondia por 28,4% das operações realizadas. Um ano antes, porém, eram 38,4%.

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