domingo, 29 de julho de 2012

Mais de 10 candidatos prometem defender políticas para gays no Espírito Santo


Folha Vitória
Thaís Cardoso
Redação Folha Vitória
ReproduçãoOnze candidatos a vereador que participarão das eleições municipais desse ano já declararam que pertencem ao movimento LGBT e pretendem defender as causas da categoria.
Para a coordenadora do Fórum LGBT, Déborah Sabará, a candidatura de pessoas que representem o movimento é importante para a criação de políticas que possibilitem uma melhor inserção de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais na sociedade.
“Acredito que vão aparecer mais pessoas e algumas não são assumidas. Com essas candidaturas, conseguimos mostrar para a sociedade que podemos colaborar com esse processo. Os candidatos têm que estar ligados à política que o movimento defende. Não tem como dizer que gay só precisa de direitos na lei, ele precisa, além de outras coisas, de saúde, trabalho e geração de renda”, disse Déborah Sabará.
Para o Fórum LGBT, adolescentes precisam de uma atenção especial, já que há muitos casos de famílias que não aceitam a opção sexual e o jovem é expulso de casa. Para a coordenadora do órgão, é necessário que esse jovem tenha outras opções que não o levem para o caminho das ruas, da prostituição e das drogas. “A mãe coloca um adolescente para fora de casa e ele vai procurar a rua. A gente tem que ter políticas que dêem uma saída para esses casos. Além disso, a gente pensa em políticas na área da saúde para os transexuais e para terceira idade”, comentou Déborah.
De acordo com levantamentos, cerca de 350 mil habitantes do Espírito Santo pertencem ao movimento LGBT. O município da Serra é o que possui mais candidatos nas eleições municipais. Dentre os onze divulgados até o momento, seis se declararão gays, três transexuais e duas lésbicas. Os candidatos que quiserem defender as políticas propostas para a categoria podem procurar o Fórum para conhecer as diretrizes políticas do LGBT, que não pretende levantar somente a bandeira do público gay.
“O movimento vai levantar bandeira da questão racial, do idoso, dos deficientes, das crianças e adolescentes. A gente identifica o preconceito em todos esses meios. As crianças que tem trejeitos, os travestis que não conseguem acesso imediato a saúde. Além disso, não conseguimos registrar o número de ocorrências de homofobia porque a polícia ainda não pode estar pronta. Para reduzir o número de casos de homofobia, deve ser feito um trabalho entre toda a região metropolitana. O Espírito Santo precisa avançar muito”, concluiu Déborah.

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