Com atuação de gala, Fúria vence rivais com gols de Silva, Alba, Torres e Mata. Mesmo com derrota, Azzurra se garante na Copa das Confederações

E o título foi à la Barcelona. A Espanha aproveitou para mostrar ao mundo que o futebol de posse e toque de bola, criticado em alguns momentos pela imprensa e por alguns torcedores, surtiu efeito. Foi justamente desta maneira que a Fúria superou a Itália. Na genialidade de Xavi e Iniesta, responsáveis por dois belos passes nos gols marcados por David Silva e Jordi Alba, a equipe de Del Bosque se tornou a primeira na história a vencer a Eurocopa duas vezes consecutivas. Apesar da derrota, a Azzurra ganhou um prêmio de consolação: a vaga na Copa das Confederações de 2013, que será disputada no Brasil.
Ao lado de Arbeloa, David Silva comemora o primeiro gol marcado na decisão (Foto: AP)Espanha passeia na etapa inicial e abre dois de vantagem
Jogadores da Espanha comemoram o golmarcado por Silva (Foto: Agência Getty Images)
No lance seguinte, o primeiro gol da Espanha. Iniesta fez um belo lançamento para Fàbregas nas costas de Chiellini, que atuou improvisado na lateral esquerda. O meia foi à linha de fundo e cruzou para David Silva, que testou de cabeça para abrir o marcador. Nem o tento animou os torcedores locais, que seguiram vaiando os toques de bola da Fúria e apoiando a Itália.
A partir do gol, a Itália até tentou sair mais para jogo. Pirlo, Balotelli e Cassano tentava levar a Azzurra ao ataque. Aos 21, Prandelli perdeu Chiellini com dores no joelho. Balzarerri, que vinha atuando na lateral direita, entrou na vaga do zagueiro e passou a atuar pelo lado esquerdo. Sete minutos depois, Cassano fez boa jogada e finalizou para defesa de Casillas.
Um pouco superior, a Itália até evitava o toque de bola da Espanha. Mas assustava a Fúria, principalmente, em bolas paradas. Em escanteios ou faltas próximas ao gol, Andrea Pirlo buscava os atletas mais altos da Azzurra na grande área espanhola. Mas em todos os lances, Casillas apareceu para cortar ou para fazer a defesa com segurança.
Xavi deu um belo passe para Jordi Alba marcar o segundo gol da Espanha (Foto: AFP)A Itália ainda tentou diminuir a diferença com Montolivo. O meia soltou a bomba da entrada da área e Casillas fez uma bela defesa no meio do gol. Tudo observado por David Villa e Carles Puyol, cortados da Fúria por conta de lesões, que estavam nas arquibancadas do Estádio Olímipico, em Kiev, na Ucrânia.
Torres e Mata marcam mais dois e consumam goleada
Jogadores comemoram mais um gol da Fúria nadecisão deste domingo (Foto: Agência Reuters)
Aos 15, mais um problema para a Itália. Thiago Motta, que havia acabado de entrar em campo, sentiu um problema muscular e deixou a equipe italiana. Com as três alteraçõe já realizadas, a Azzurra ficou com um jogador a menos em campo. E foi justamente a partir daí que o time de Cesare Prandelli passou a ter muitas dificuldades para sair da defesa para o ataque.
E a Espanha? A Fúria não tinha problemas. Tocava a bola, buscava o espaço para tentar fazer mais gols e matar de vez a decisão da Euro. Com dez, a Itália até tentava, mas em vão. A vida da equipe de Del Bosque ficou bem mais fácil. Se tocar a bola no 11 contra 11 já era algo normal. Com um a mais se tornou ainda mais tranquilo.
E foi com calma que a Espanha chegou ao terceiro gol. A Itália saiu jogando errado e a bola sobrou para Xavi, que lançou para Fernando Torres. Aos 38, o atacante recebeu em velocidade, invadiu a área e tocou na saída de Buffon: 3 a 0. Quatro minutos, o atacante do Chelsea recebeu dentro da área e rolou para Juan Mata marcar mais um.
O resultado foi o maior da história das finais da Eurocopa. Após o apito final do português Pedro Proença, festa espanhola, que só sofreu um gol na competição, no gramado do Estádio Olímpico de Kiev. Enquanto os italianos ficaram decepcionados, os atletas da Fúria comemoraram com os filhos e as esposas, que puderam ter acesso ao gramado.
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