55 toneladas de lixo são retiradas de igarapés de Manaus todos os dias
Até carcaça de veículo é encontrada durante dragagem de igarapé.
Semulsp diz que vítimas da cheia também são responsáveis pelo lixo.
Imagens de igarapés poluídos impressiona. Grande quantidade de lixo preocupa (Foto: Carlos Eduardo Matos/G1 AM)
Quase dois meses após o início da campanha SOS Enchente, em Manaus, o volume de lixo retirado dos igarapés continua exorbitante. Diariamente, 55 toneladas de lixo doméstico são removidas dos principais igarapés da capital. Para o titular da Secretaria de Limpeza Pública de Manaus (Semulsp), Túlio Knipoff, a população que tem sido vítima das enchentes, e que tem recebido apoio do poder público, por estarem em situação de risco social, persiste em jogar lixo nos igarapés."Eu tenho certeza disso, o que nos deixa indignado. A quantidade de lixo nos igarapés não tem diminuído. Isso mostra que muitas famílias continuam fazendos dos igarapés de Manaus as suas lixeiras particulares", afirmou.
Durante o SOS Enchente, que começou no dia 8 de maio, a Prefeitura retirou 3,4 mil toneladas de lixo dos igarapés. Os igarapés do Mindu e do Quarenta têm sido os mais castigados pela poluição.
Cerca de 55 toneladas de lixo são retiradas de igarapés todos os dias (Foto: Carlos Eduardo Matos/G1 AM)
Carcaça de KombiGarrafas pet, produtos de limpeza e outras embalagens recicláveis têm sido os objetos mais encontrados pelos garis, durante as operações de limpeza.
No entanto, a retirada de uma carcaça de um veículo modelo Kombi de dentro do Igarapé do São Jorge foi o que mais chamou a atenção das autoridades. A estrutura foi encontrada durante a dragagem do leito, após a balsa encalhar no objeto. Foi necessário o uso de escavadeira hidráulica para removê-lo do fundo do igarapé.
"Quem jogou essa Kombi no igarapé, além de ser um crimoso, mal sabia que podia receber até R$ 400 pela venda do ferro", disse o secretário.
Segundo Túlio, a Prefeitura trabalha com 200 garis na limpeza dos igarapés, além de quatro balsas com escavadeiras e 20 lanchas. O reforço vai permanecer até o nível do Rio Negro ficar abaixo da cota de emergência, que é 29 metros.
"É preciso haver um choque de consciência. A poluição dos igarapés é um problema de toda a sociedade. Não adianta haver punições severas. Se não houver conscienctização, os igarapés continuarão sendo poluídos", alertou.
Em média, 200 garis trabalham diariamente retirando toneladas de lixo dos igarapés de Manaus (Foto: Carlos Eduardo Matos/G1 AM)
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