quinta-feira, 28 de junho de 2012

Produtores de laranja de SP estão sem saber o que fazer com a safra


Fruta está apodecrendo no pé e até agora não apareceu comprador.
Em Itápolis, produção de laranja deve chegar a 12 milhões de caixas.

Do Globo Rural

Nas lavouras de Itápolis, o pomar carregado de laranja em ponto de colheita deveria ser motivo de comemoração para o produtor rural, mas a maior parte da fruta está ficando pelo chão, podre.
Na propriedade de Irani Biazotti foram plantados 15 mil pés, que devem render, pelo menos, 75 mil caixas. Nada, até agora, foi negociado. “Este é o pior momento da citricultura”, conta o agricultor.
Nos últimos anos, as indústrias produziram mais suco do que venderam e os estoques estão abarrotados. Além disso, as exportações diminuiram. Na Europa, principal comprador do suco brasileiro, a importação caiu 3%. Já a venda do suco concentrado para os Estados Unidos está suspensa desde janeiro por causa do uso do carbendazim, agrotóxico proibido por lá.
Para tentar diminuir o prejuízo, a maioria dos produtores da região já está investindo em outras culturas. Na propriedade de Fábio Colombo, por exemplo, dois mil pés de laranja foram arrancados e deram lugar às estufas, onde agora é produzido o pimentão.
A safra em todo o estado de São Paulo vai ser de aproximadamente 370 milhões de caixas.

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