sábado, 30 de junho de 2012

Caprichoso exalta cultura brasileira na primeira noite do Festival de Parintins


Noite foi marcada pela estreia de Jeane Benoliel como porta-estandarte.
Boi Azul e Branco encantou público com o tema 'Viva a Cultura Popular!'.

Marina Souza Do G1 AM

Boi Caprichoso brilhou na arena do Bumbódromo, em Parintins (Foto: Frank Cunha/G1 AM)Boi Caprichoso brilhou na arena do Bumbódromo, em Parintins (Foto: Frank Cunha/G1 AM)
Celebrando o 'Brasil de todas as cores', o boi Caprichoso agitou a arena do Bumbódromo de Parintins na noite desta sexta-feira (29). A voz grave do levantador de toadas, David Assayag, animou o público, que participou bastante do espetáculo azul e branco.
Com o tema 'Viva a Cultura Popular!', o Caprichoso levou para o festival diversos personagens do folclore brasileiro, como cirandas, folia de reis, rodas de capoeira, pastorinhas e danças indígenas. Assayag cantou músicas até de Luiz Gonzaga, que também foi destaque em uma alegoria, onde veio a sinhazinha do boi, Thainá Valente.
Na celebração folclórica, o boi trouxe manifestações do povo brasileiro, como a música, a poesia, a dança, religiosidade, artesanato, pinturas, mitos e lendas. Como não poderia deixar de faltar, o bumbá foi um destes destaques culturais: uma alegoria trouxe uma imagem gigante do Caprichoso.
Estreando como porta-estandarte de última hora, após a desistência de Karyne Medeiros na última semana, Jeane Benoliel concentrava todos os holofotes na arena. Apesar de toda a beleza e simpatia, muitos torcedores consideraram que ainda falta mais agilidade aos passos da musa, que já foi sinhazinha e cunhã-poranga do bumbá. O estandarte levado por Benoliel mudava de imagens: Lampião e Maria Bonita, a bandeira brasileira, entre outras fotos, foram expostos.
O curupira foi o grande destaque da lenda amazônica. Uma alegoria trouxe o personagem, que segundo a crença popular afugenta os caçadores da floresta e protege os animais, coberto por folhas e com olhos de fogo. Maria Azêdo, a cunhã-poranga do Caprichoso, veio nesta alegoria.
Para a figura típica regional, o boi trouxe o farinheiro. Neste momento, a toada 'Farinhada' foi cantada por todos no Bumbódromo. Deste destaque, um gavião real trouxe a rainha do folclore Brena Dianná, que representava Maní, a deusa da mandioca.
Dois personagens muito conhecidos na cena do boi-bumbá também foram destaques no Boi Azul e Branco: Pai Francisco e Mãe Catirina.
Já o pajé apareceu na representação do ritual Mai Marakã, onde o povo Araweté acredita que os deuses devoram as almas dos índios. Na ocasião, o pajé surgiu como o ser intermediário entre o mundo dos vivos e dos mortos.

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