quinta-feira, 28 de junho de 2012

Campo tem limitação para renovar maquinário, diz Anfavea


Agencia Estado
São Paulo, 28 - Os estímulos à compra de maquinário agrícola no Plano de Safra 2012/13, como a queda de juros e o aumento do crédito, esbarram em algumas limitações, segundo Milton Rego, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), também diretor de comunicações e relações externas da CNH, uma das maiores produtoras de máquinas agrícolas e de construção do País. Ele disse que no caso das linhas de financiamento de tratores foi satisfeita a expectativa de redução de taxa de 6,75% para 5,5%, a mesma do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). "No entanto, o fundo tem valor baixo para as necessidades do País. Ele tem o valor de R$ 150 mil, enquanto precisávamos de R$ 4 bilhões", disse. Segundo Rego, o governo trabalha com a hipótese de voltar a financiar tratores pelo PSI, que termina em dezembro de 2013, justamente no meio da safra.
Outro incentivo que deve enfrentar problemas, de acordo com Milton Rego, é o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). Para estimular os proprietários médios a comprarem tratores, os juros foram baixados para 5% e o prazo foi esticado. No entanto, dificilmente esses produtores lançarão mão dessas vantagens. O vice-presidente da Anfavea lembra que esses agricultores têm poucas garantias para oferecer em troca dos empréstimos e já usam as que possuem para financiar o custeio. "Seria necessária a criação de um seguro de renda ou de um fundo garantidor para as garantias exigidas pelos bancos diminuírem", disse Milton Rego.

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