terça-feira, 29 de maio de 2012

TJ-BA determina pagamento dos salários dos professores grevistas


Professores do estado estão em greve há 49 dias.
Procuradoria reconhece que determinações judiciais devem ser cumpridas.

Do G1 BA
Uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou na segunda-feira (28) o pagamento dos salários aos professores estaduais grevistas. O corte do salário dos professores foi anunciado pela Secretaria de Educação no dia 19 de abril, após determinação do governo. A categoria está em greve há 49 dias.
Procurada pelo G1, a assessoria da Procuradoria Geral do Estado informou que a liminar está sendo avaliada e que as determinações judiciais devem ser cumpridas, mas a forma de pagamento dos professores está sendo estudada.
Nesta terça-feira (29), os professores voltaram a se reunir em assembleia e definiram a continuidade da greve. "As ações de protesto serão mantidas. Hoje, às 17h, faremos uma panfletagem no Pelourinho. Na quinta-feira estamos organizando uma caminhada de Ondina até o Farol da Barra e na sexta vamos nos reunir com os pais e alunos no Colégio Central", enumera Rui Oliveira, presidente do sindicato da categoria.
Corte do ponto
A greve já foi considerada ilegal pela Justiça e o ponto dos grevistas foi cortado. O departamento jurídico do sindicato da categoria (APLB) deu entrada em uma ação com pedido de liminar à Justiça na tentativa de derrubar a ordem que impõe multa diária de R$ 50 mil até encerramento da greve.
No dia 15 de maio, o Governo da Bahia divulgou comunicado informando que pagaria os salários cortados aos professores em greve caso a categoria se comprometesse a retornar imediatamente às atividades, o que não aconteceu.
Reivindicações
Os professores querem reajuste de 22,22% no piso nacional. Eles alegam que o governo fez acordo com a categoria, em novembro do ano passado, que garantia os valores do piso nacional, e depois ignorou o acordo mandando para a Assembleia um projeto de lei com valores menores. No dia 25 de abril, os deputados aprovaram o projeto enviado pelo executivo que garante o piso nacional a mais de cinco mil professores de nível médio.

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