quarta-feira, 30 de maio de 2012

Seca prolongada preocupa e já atinge mais de 300 municípios gaúchos


Estiagem afeta severamente o volume de água dos rios.
No centro do estado, irrigação das lavouras e pesca estão prejudicadas.

Do Globo Rural
Na região central do Rio Grande do Sul não chove regularmente há quase oito meses. Quando chove, o volume não é suficiente para aumentar o nível dos rios Jacuí e Pardo, os principais da região. A paisagem de um dos principais pontos turísticos, a Praia dos Ingazeiros, mudou.
Leandro Goettems e a esposa têm uma chácara em Rio Pardo. Sem chuva, eles usam regadores para molhar as hortaliças. “Não rende, a gente poderia estar só plantando, adubando, tendo mais produção para vender e temos que ficar molhando as culturas desse jeito”, lamenta.
A lavoura está tão seca que o adubo e o calcário aplicados há 10 dias, ficaram acumulados na terra. Das 250 caixas que Leandro esperava colher de tomate, ele conseguiu no máximo 10. O pimentão também não se desenvolveu.
Para minimizar o drama das famílias gaúchas prejudicadas pela seca, o governo do estado vai liberar R$ 45 milhões para a compra de alimentos e insumos. Para receber o benefício, o agricultor precisa se cadastrar.
O Cartão Estiagem deve beneficiar mais de 100 mil pequenos agricultores em todo o Rio Grande do Sul, entre famílias de assentados da reforma agrária e quilombolas. O benefício vale para os municípios que decretaram situação de emergência por causa da seca e será pago em uma única parcela no valor de R$ 400.
Para ter direito, o agricultor precisa procurar as entidades representativas, como sindicatos e cooperativas.
O prazo para cadastramento vai até 30 de junho. O governo do Rio Grande do Sul ainda não definiu a data do pagamento do benefício.

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