Em Sobradinho, eles ganham a vida com a produção de pimentas.
São mais de 90 variedades de diversos países.
Em pouco mais de dois mil metros quadrados, o casal cultiva 90 variedades de pimenta de 60 países. O cacho de cabra é do Chile, usado na composição da pimenta calabresa. Tem também uma outra africana, cujo nome já indica a ardência: fatalli. Tem a tabasco, tradicional da culinária mexicana, ótima para dar coloração aos molhos, mas entre todas as variedades, a indiana chama a atenção.
Além de ser considerada uma raridade, ela foi eleita a mais picante do mundo. Para se ter uma ideia, o grau de ardência dela é 40 vezes maior que o da pimenta malagueta, que já é forte.
A buth jolokia, conhecida como pimenta fantasma, dá apenas seis frutos por pé, mas adaptou-se muito bem ao solo seco do cerrado.
A correção do solo é feita com um adubo produzido a partir dos dejetos de cabras. A criação dos animais ajuda na produtividade das pimenteiras.
Da plantação, Silvio Borges retira o fruto para a produção de molhos de pimenta. São 10 tipos diferentes.
Por mês, o casal vende 600 unidades, a R$ 12 cada. “Se a gente vendesse só o fruto, o preço seria muito baixo, o molho agrega valor. Fora isso, a gente adora ver a cara das pessoas experimentando, eu já vi até pernambucano chorar”, diverte-se Priscila.
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