terça-feira, 1 de maio de 2012

Casal deixa o trabalho para cuidar de filha com paralisia cerebral no RS


Pai e mãe de Lariane recebem doações encaminhadas pelos bombeiros.
Menina de oito meses precisa de atenção nas 24 horas por dia.

Carolina Abelin Da RBS TV

Um casal de Garibaldi, na Serra do Rio Grande do Sul, precisou parar de trabalhar para cuidar da filha, de oito meses, que teve uma paralisia cerebral durante o parto e precisa da atenção durante as 24 horas do dia. A criança, que havia passado os primeiros seis meses de vida no hospital, agora mora com a mãe, Rosenilda de Miranda, e o pai, Jocemar Trevisan, em uma casa simples no Bairro Rio Verde. A população do município se mobiliza para fazer doações.

O homem, que fazia carregamento de carne de frango em uma empresa da cidade, decidiu abandonar o emprego. Já a mulher, que trabalhava em um frogorífico, teve de se afastar das suas atividades.
Não podemos dormir nunca"
Jocemar Trevisan, pai de Lariane
O bebê respira com a ajuda de um equipamento, e uma espécie de aspirador suga as secreções do pulmão da menina. O aparelho de oxigênio foi emprestado pelo estado, mas tem um custo de R$ 200 por mês. “Ela tem de ser aspirada a cada pouquinho. Às vezes, 10 a 15 minutos. Não sabemos, aí não podemos dormir nunca. Sempre um tem de estar cuidando dela”, declarou o pai da menina. “Para dar banho nela é um sacrifício, porque não se pode tirar o oxigênio”, acrescentou.
As doações são organizadas pelo Corpo de Bombeiros do município. Cestas básicas e materiais de higiene são recolhidos e entregues ao casal. “As pessoas podem vir à corporação para fazer doações do material que a Lariane necessita e a família também, já que há um envolvimento forte da família para cuidar dela”, diz o bombeiro voluntário Diogo Marin.
O pré-natal foi acompanhado por uma médica do Sistema Único de Saúde (SUS). A mãe da menina conta que tudo ocorria normalmente, até ela começar a sentir dores quando completou os nove meses de gestação. “Eu cheguei ao hospital com um pouco de dor e o médico disse que eu estava em caminho de parto. Ele disse a meu marido que eu seria internada. Foi aí que minha bolsa estourou. As enfermeiras me levaram ao berçário e fizeram o procedimento para eu ter parto normal, mas eu não tinha dilatação”, conta Rosenilda, de 31 anos.
A mulher conta que pretendia dar à luz em uma operação cesariana. O médico, no entanto, determinou a realização do parto normal. Durante a espera, o útero e a bexiga de Rosenilda se romperam, causando a paralisia cerebral. “Se tivessem feito uma cesária com antecedência, a bebê estaria nos nossos braços”, lamenta a mãe.
O ginecologista obstetra Rodrigo Jacob, que atendeu Rosenilda, explica que o protocolo do SUS determina que as mulheres na primeira gestação tenham o bebê por parto normal. No entanto, quando a ruptura do útero foi diagnosticada, a mãe foi submetida à cirurgia. “Ela rompeu bolsa na madrugada, chegou ao hospital em um trabalho de parto inicial e, na primeira hora internada, rompeu-se o útero dessa paciente. A mortalidade materna e fetal é altíssima nesses casos, e felizmente conseguirmos salvar a mãe”, afirmou o médico.

Um comentário:

  1. HOJE EU FIZ A MINHA PARTE, LIGUEI PRA MAMÃE DA LARIANE E ELA ME PASSOU UMA CONTA BANCARIA ONDE PUDE FAZER A MINHA DOAÇÃO... SE TODOS FIZESSEM UM POUQUINHo, AJUDARIA MUITO ESSES TÃO ZELOSOS PAIS QUE SE DEDICAM DIA E NOITE POR ESSE ANJO.
    A CONTA É NO BANRISUL AG. 0913 E CONTA NUM. 39055251.07 ... PODEM CONFIRMAR LIGANDO PRA MAMÃE DA LARIANE..A DONA ROSENILDA MIRANDA. QUE DEUS ABENÇOE A TODOS...

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