Larissa sonha em ser atriz: "Se não tivesse aqui, não iria pensar nisso", diz.
'Eles já têm na alma a coisa de fazer acontecer no palco", diz coordenador.
Dentro, salas bem equipadas, espaço de sobra para brincar. Há nove anos, o objetivo é aproximar as crianças e a arte. Quem tem de três a cinco anos estuda na escola e participa das atividades artísticas. Quando mais velhas, as crianças seguem para rede municipal de ensino, mas não perdem o vínculo com o projeto.
O coordenador geral do PIM, Antônio Ferreira, conta que a a proposta é abrir caminhos para a projeção artística das crianças. "A ideia é levá-los até a universidade, eles vão fazer essas escolhas. Serão artistas, um Wagner Moura, um Jackson Costa", diz.
Na escola, todo mundo pode aprender a dançar, cantar, interpretar ou pintar. Todo dia tem ensaio e cada um vai decidindo o que mais gosta de fazer. Estímulo à criatividade que já virou quatro peças de teatro. O grupo tem 50 componentes e o talento deles já rendeu muitos elogios, e até grandes prêmios de teatro.
"A Lenda do Peixe Grande" foi montado a partir de pesquisas e intercâmbios em Angola. (Foto: Divulgação)
O espetáculo "Os Donos da Terra" ganhou dois prêmios Brasken de teatro na edição de 2011 - melhor direção e melhor espetáculo infantil. Este ano, outra produção para o público jovem foi um sucesso. "A Lenda do Peixe Grande" foi montado a partir de pesquisas e intercâmbios com um projeto igual ao PIM que existe em Angola. Com muita dança e músicas tradicionais da Bahia e da África, a peça conta a história de um pescador que negocia a própria vida com o rei dos peixes.O ingresso dos espetáculos é um livro novo, que é direcionado para a biblioteca da escola. João gonzaga, coordenador artístico do projeto, é também o diretor dos espetáculos. Ele diz que não trabalha com jovens de periferia e sim com grandes artistas baianos.
"A cada hora que passa eles nos surpreendem mais. Dá impressão que a gente está ensinando ao contrário, porque eles é que ensinam para nós o tempo todo. A cada hora é uma surpresa diferente. Quando a gente cria os espetáculos, é porque eles possibilitaram isso para a gente. Eles já têm na alma a coisa de fazer acontecer no palco", afirma.
Artistas como Giovana, de apenas dois anos, que rouba a cena dançando. Deixam a gente impressionado mesmo. E eles querem ir longe. Alan Gonzaga tem doze anos, mas, com ajuda do PIM, já decidiu o que quer ser quando crescer. "Quero ser ator, fazer novela", afirma Alan. Em julho, o PIM se apresenta em Brasília e vai esperar vaga para voltar a capital baiana.
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