segunda-feira, 30 de abril de 2012

Ferrovia do Diabo completaria cem anos nesta segunda-feira (30)


Assim ficou conhecida a estrada de ferro Madeira-Mamoré.
Obra foi realizada para escoar a produção de borracha do Norte do país.

Do Globo Rural

Há cem anos foi inaugurada a estrada de ferro Madeira-Mamoré. Com 366 quilômetros de extensão entre Porto Velho e Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia, a ferrovia foi a primeira obra de engenharia norte-americana construída fora dos Estados Unidos. Sua principal finalidade era a de transportar a borracha produzida em Rondônia e, principalmente, na Bolívia para a Europa e para os Estados Unidos. Também eram transportados produtos como juta, madeira e até peles de animais.
O auge da produção de borracha ocorreu entre 1895 e 1915. A partir deste período, o mercado da borracha amazônico e boliviano sofreu um grande golpe. Países asiáticos passaram a exportar o produto a um preço bem mais barato e com mais facilidades. Começava a decadência da estrada de ferro Madeira-Mamoré, que funcionou por 54 anos no prejuízo.
Em 1931, a rodovia passou para o governo brasileiro. Em 1966, foi desativada no governo militar de Castelo Branco. Depois, a Maria Fumaça ainda fazia passeios curtos pela rodovia. Mas desde 2000 está totalmente desativada. O ex-funcionário Lord Brown era foguista. A máquina 18 foi a última a fazer o percurso Porto Velho/Guajará-Mirim. Eram dois dias de viagem.
A Madeira-Mamoré também ficou conhecida como Ferrovia do Diabo por causa da quantidade de trabalhadores que morreram durante as obras vítimas de malária e de outras doenças.

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