domingo, 29 de abril de 2012

Farmácia de manipulação de SP cria franquias para expandir mercado


Investimento para montar uma franquia é a partir de R$ 100 mil.
Brasil é hoje o 8º mercado mundial de remédios.

Do PEGN TV

O segmento de farmácias de manipulação já representa mais de 10% do mercado de remédios. Hoje, existem mais de 7 mil estabelecimentos desse tipo espalhados pelo país. Para se destacar da concorrência, uma tradicional farmácia de manipulação de São Paulo agora vai adotar o sistema de franquias para expandir o mercado.
O empresário Roger Oswaldo Marcondes, com experiência de 40 anos no mercado farmacêutico, vai apostar no sistema de franchising para alavancar os negócios.
“O modelo de franquia para nós é sinônimo de cooperação e associação, então é lógico que você, em conjunto, consegue divulgar mais a marca, consegue com os fornecedores um preço melhor, enfim, você consegue ter um padrão de qualidade uniforme em todas as empresas nossas”, diz o empresário Roger Oswaldo Marcondes.
O empresário fatura hoje R$ 90 mil por mês. Para a criação da franquia, ele pesquisou bem o mercado e avaliou o sistema de produção da empresa. Ele criou dois modelos de negócio. O primeiro é para um investidor que não é do ramo e que vai aprender tudo com o franqueador. O segundo é para quem já conhece o segmento.
“A pessoa já tem aquela farmácia, então ela coloca nossa bandeira, adquire nosso know-how, as nossas embalagens, nosso jeito de trabalhar e entra para o grupo”, diz o empresário.
FranquiaO investimento para montar uma franquia é a partir de R$ 100 mil. Wellington Viana é um novo fraqueado da farmácia de manipulação. E o treinamento dele, para montar uma unidade em São Paulo, já começou.
“Quando você tem um treinamento já adequado, onde ele vai informar para você tudo que deve ser feito, é como receita de bolo, muito simples, é só ir lá, fazer o que pede, já chega treinado e a tendência disso é dar certo”, avalia Viana.
Hoje, a farmácia produz mais de 600 fórmulas por mês. No laboratório trabalham dez funcionários. O processo começa com a conferência da receita. Depois, os componentes são pesados e a fórmula é colocada em cápsulas.
Trocar o frasco pela cartela na hora de embalar os remédios foi uma ideia do empresário para garantir mais qualidade aos produtos. Isso porque o tipo de embalagem evita a contaminação. Cada cápsula fica isolada e o contato é só com a que será consumida. No caso do frasco, isso não acontece.
Na farmácia ainda existe outra preocupação: a sustentabilidade. As embalagens que vão para os clientes são feitas de papel reciclado. “[Os clientes] percebem nossa preocupação. A nossa imagem sempre está ligada a essa a essa sustentabilidade, esse não desperdício. Isso criou um bom relacionamento com o cliente”, diz Marcondes.
A farmácia faz entregas para clientes da capital e da Grande São Paulo. O trabalho é feito por motoboys e facilita o dia a dia de muita gente.
Anderson da Costa é cliente da farmácia de manipulação. Ele usa o tipo de medicamento e aproveita o serviço de entrega. “Estou no trabalho o dia inteiro (...). Eles entregam em 24 horas, pago para o motoboy. A entrega é excelente. O medicamento é de confiança. Nunca tive nenhum problema”, diz.
O Brasil é hoje o oitavo mercado mundial de remédios. As farmácias de manipulação já representam mais de 10% do mercado em todo país. O faturamento do setor é de R$ 1,3 bilhão por ano. E o empresário Marcondes quer agora uma fatia destes lucros espalhando franquias fora das capitais. “Farmácia cabe em qualquer lugar. Tanto numa cidade de 50 mil habitantes como numa de 9 milhões de pessoas. E a nossa expectativa neste ano é de abrir pelo menos uma 30 franquias”, diz.

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