domingo, 29 de abril de 2012

Com baixo investimento, máquina de fazer carimbos soma valor ao negócio


Equipamento custa R$ 1.450 e faz carimbos em 20 minutos.
Produto cabe em um metro quadrado de área.

Do PEGN TV

Com investimento baixo é possível comprar uma máquina de fazer carimbos e montar uma pequena empresa. O equipamento também pode agregar valor a outros negócios, como, por exemplo, uma papelaria.
Em São Paulo, uma fábrica produz a máquina com tecnologia nacional. A máquina de carimbos tem três vantagens: é pequena, prática e barata. O equipamento custa R$ 1.450, faz carimbos em 20 minutos e uma só pessoa opera.
“Essa tecnologia não nasceu aqui no Brasil, é de outro país, os EUA foram pioneiros. Nós trouxemos uma máquina, e através dessa máquina fizemos melhorias e adaptamos para o mercado brasileiro, tendo um custo melhor inclusive do que a importada”, diz o empresário Geraldo Miranda.
A máquina de fazer carimbo é toda produzida na fábrica: o corte da chapa, a dobra, a montagem, a pintura e a parte elétrica.
Para fazer um carimbo, primeiro, é preciso produzir um fotolito. O processo é fácil. É só criar a arte no computador e imprimir em papel vegetal. Depois, prender esse papel em um filme plástico e colocar dentro da máquina – que nada mais é que uma caixa de metal com lâmpadas de raio ultravioleta. Basta acionar o equipamento por um segundo e revelar o filme. Utilizando a área toda da máquina, é possível fazer até 50 carimbos.
A próxima etapa é passar a imagem do fotolito para a borracha do carimbo. A resina espessa, sensível à luz, é despejada em cima do filme. O material, então, é comprimido entre dois vidros e vai para dentro da máquina. Tempo: exatos 320 segundos. E, pronto, a imagem é transferida.
O carimbo é um dos negócios mais lucrativos que existem. Um carimbo simples, de assinatura, custa para o fabricante R$ 1,25. Nas lojas sai por R$ 8, até R$ 10. Outro exemplo é o carimbo tipo CNPJ. Preço de custo: R$ 12. Nas lojas, sai por até R$ 50 cada um.

Para começar um negócio, basta um espaço mínimo. O equipamento cabe em um metro quadrado de área. E o mercado é bem diverso.
“O cartório utiliza muito o carimbo, a escola utiliza o carimbo para ilustrar trabalhos de criança, papelarias, repartições públicas também utilizam bastante o carimbo para autenticar, enfim, bancos, tem uma alta demanda ainda de mercado”, afirma o empresário.
A empresa vende 800 máquinas de carimbo por mês, e fatura R$ 4,5 milhões por ano.
Muita gente usa a máquina para agregar valor ao negócio. É o caso de copiadoras, chaveiros e papelarias, como a de Waldomiro Dias. Ele comprou o equipamento há dez anos e conseguiu um faturamento extra de R$ 1.200 por mês.

“Eu fornecia terceirizado, pegava de quem fabricava e repassava. E como a procura aumentou, a demanda era grande, eu mesmo resolvi fabricar. E graças a Deus tive bastante sucesso”, afirma o dono da papelaria.

Licitações públicasHá loja que só faz carimbos. Márcio Grimberg trabalha no segmento desde 1974. Em 2005, ele comprou duas máquinas e passou a atuar em um segmento específico: o das licitações públicas. Hoje elas representam 90% do faturamento da loja. “Você tem que estar cadastrado em plataformas governamentais para poder ter direito a participações de licitações”, diz.

Grimberg faz carimbo do jeito que o cliente pede: redondo, retangular, com até dez centímetros quadrados. A produção é elevada: 25 mil carimbos por mês, para um faturamento mensal de R$ 50 mil.

“A gente já está se programando realmente para dobrar a capacidade de produção. Em termos de espaço, porque, como eu disse, como esse mercado não tem fronteiras, a gente quer conhecer muito mais, quer ir muito mais longe do que nós já chegamos ao longo desses quase 40 anos de trabalho”, diz.

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