Produção do cerrado maranhense é negociada no mercado nordestino.
Agricultores da região de Balsas negociam a saca por uma média de R$ 25.
“Surgiram novas variedades com um período em torno de cem dias, o que proporcionou a gente a investir na safrinha. Então, você consegue antecipar o plantio do milho e aproveitar ainda as chuvas que a gente tem até o final de abril e fazer mais uma cultura”, explica Creli.
As primeiras experiências com o milho safrinha na região começaram há quatro anos. Com os bons resultados, a cultura se firmou e as lavouras cresceram para cem mil hectares, área que dobrou em relação ao ano passado. Em muitas fazendas, uma máquina faz a colheita da soja e outra vem atrás fazendo o plantio do milho.
Toda produção de milho safrinha no cerrado maranhense é negociada no mercado nordestino, o que dá para o agricultor vantagens na hora de negociar a safra. As lavouras do cerrado maranhense ficam a menos de mil quilômetros das granjas nordestinas, praticamente no meio do caminho em relação a Mato Grosso, principal concorrente.
O agricultor Ricardo Urbano Richter plantou 600 hectares de milho safrinha no município de Balsas apostando nas vantagens estratégicas da região. “Nós estamos produzindo para nós mesmos. O Nordeste está começando a produzir milho para ele consumir. O preço do milho fica melhor por causa da questão de logística. Menos custo de frete pode-se pagar mais no milho para o produtor. Toda a cadeia ganha mais com isso”, conclui.
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