Denúncia partiu de agricultora que precisava fazer operação.
Ministério Público e prefeitura de Pontão vão investigar o caso.
Como a cidade não possui hospital, a operação da mulher, intermediada pela prefeitura da cidade, foi feita no município vizinho de Ronda Alta. A paciente garante ter sido obrigada a pagar para acelerar o atendimento
"Eles disseram que se eu fosse esperar pelo SUS, eu ia esperar de dois a três anos. Eu não podia esperar, aí tive que fazer. Fiz os boletos e paguei duas parcelas de R$ 125 e uma de R$ 100", diz a agricultora.
A cobrança pode ser comprovada por recibos da prefeitura de Pontão. Dias depois de fazer os pagamentos, a mulher recebeu uma carta do Ministério da Saúde. No documento, havia um lembrete informando que o tratamento havia sido pago pelo SUS e ninguém poderia cobrar pelo serviço. A agricultora denunciou o caso ao Ministério Público. "Esta cobrança não poderia ter sido feita, pois o procedimento foi realizado pelo SUS de forma gratuíta", diz o promotor Paulo Cirne.
O prefeito de Pontão decidiu abrir sindicância para investigar o caso. O Ministério da Saúde informou que vai acionar o município, a partir de quarta-feira (29), para obter maiores esclarecimentos. Em casos de cobrança por atendimento no SUS, o usuário deve denunciar pela ouvidoria do Ministério da Saúde.
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