Banco Central determinou a liquidação da Motomax em setembro de 2011.
Procon estima que 13 mil clientes foram podem ter sido lesados na cidade.
Contrato de Hermínio Jonas de Abre foi assinado
há seis anos (Foto: Reprodução/TV Integração)
Depois que uma empresa de consórcios de motos em Uberaba faliu os consorciados não sabem o que fazer para não ficar no prejuízo. A Motomax funcionava em um prédio na região central da cidade. Em setembro de 2011, o Banco Central determinou a liquidação do estabelecimento. O coordenador do Procon de Uberaba, Sebastião Severino Rosa, acompanha as negociações. Segundo dados do Órgão de Defesa do Consumidor, 13 mil clientes podem ter sido lesados. O caso já acumula 400 processos na justiça e um prejuízo de mais de R$ 5 milhões.há seis anos (Foto: Reprodução/TV Integração)
Desde que a empresa fechou as portas a principal dúvida entre os clientes é se deveriam continuar pagando as prestações. A orientação do Banco Central é de que aqueles que já receberam a moto ou qualquer outro bem quite a dívida cumprindo com os vencimentos das parcelas mensais. Já o consorciado que não recebeu o bem deve parar de pagar passando, automaticamente, de devedor para credor daquilo que já foi pago.
Segundo o representante do Banco Central, José Augusto Monteiro Neto, vence em março o prazo de seis meses para os sócios da empresa apresentarem uma proposta. “Vamos fazer uma assembleia com os consorciados para ver se eles aprovam. Eu vejo que é preciso uma participação dos sócios para viabilizar essa situação visto o tamanho da deficiência de recursos”, explicou José Augusto.
O aposentado Hermínio Jonas de Abreu não imaginava ganhar um problema quando aceitou a proposta para se tornar membro de um consórcio e adquirir uma moto zero quilômetro. O contrato com o consórcio Motomax foi assinado há seis anos. O carnê com as 60 prestações está quitado, o equivalente a quase R$ 7 mil, mas a realização do sonho terminou em pesadelo. “Ia terminar no mês de março do ano passado, mas quando foi em setembro eu fui surpreendido porque a empresa tinha falido”, contou.
Para a conselheira de Defesa e Proteção do Consumidor, Lisandra Abreu, a transferência dos grupos para outras empresas é a única chance de quem foi lesado não ficar no prejuízo. “Fica uma situação de indefinição por enquanto até que ou uma empresa assuma ou haja outra solução”, disse.
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