terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Cientistas franceses usam cocaína para entender como cérebro funciona


Testes com a droga foram conduzidos em ratos.
Estudo foi divulgado na publicação científica 'PLoS ONE'.

Da EFE

Uma equipe de cientistas franceses conseguiu detectar um novo esquema de funcionamento do cérebro após aplicar cocaína em ratos, informou nesta terça-feira (28) o Centro Francês de Pesquisas Científicas (CNRS).
A cocaína é um estimulante muito potente que tem consequências diretas no cérebro. A substância pode chegar a bloquear a recepção de neurotransmissores que influenciam em vários processos físicos e psicológicos.
Os pesquisadores identificaram, a partir de testes realizados com roedores, uma relação entre o aumento da densidade dos espinhos dendríticos e a cocaína no núcleo "accumbens", um grupo de neurônios fundamental na captação de efeitos aditivos e outros comportamentos como o medo e a tomada de decisões.
Os cientistas bloquearam o aumento de espinhos após injetar diretamente no centro e no exterior deste grupo de neurônios anisomicina, um inibidor da síntese de proteínas.
Esta experiência demonstrou que os efeitos da cocaína se devem a uma transferência de neuroplasticidade causada pelo aumento de espinhos dendríticos do centro até o exterior do núcleo.
A inovação da pesquisa é que até o momento, segundo a nota do CNRS, não existia uma demonstração do envio de informação de centro ao exterior, enquanto, no sentido contrário, estava bem documentada.
Os resultados da pesquisa feita pelo CNRS e pela Universidade Paris Descartes, na França, foram publicados na revista científica "PLoS One".

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