Protestos ocorreram em várias regiões do Rio Grande do Sul.
Manifestações foram organizadas por movimentos sociais ligados ao campo.
Mais de cem assentados invadiram a prefeitura de Tupanciretã e até sentaram na cadeira do prefeito. Em Júlio de Castilhos, também na região central, mais de 200 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra ocuparam uma agência do Banco do Brasil e só deixaram o prédio depois de acertarem a renegociação de dez dívidas por dia a partir de sexta-feira (03).
Na fronteira oeste, os manifestantes interromperam a RS-377, entre Manoel Viana e Alegrete, e a BR-293, no sul do estado, onde formou-se um congestionamento de um quilômetro.
Em Porto Alegre, o protesto foi com a ocupação do prédio do Incra no centro da cidade. Depois de uma reunião com o governo gaúcho, o MST e a Via Campesina decidiram suspender as mobilizações pelo menos até o Carnaval para aguardar o cumprimento do que foi acordado com o estado.
Na tarde da quarta-feira (01), representantes dos movimentos sociais, que conseguiram uma reunião com a Casa Civil, pediram agilidade na doação de grãos para alimentar os animais e o aumento na distribuição de água e cestas básicas para quem perdeu a produção.
“Nós vamos trabalhar a imediata liberação das 14 mil toneladas de grãos para a alimentação animal. Também a possibilidade do transporte pelo estado até os centros dos silos para que os agricultores possam acessar”, diz Mari Perusso, secretária-adjunta da Casa Civil.
O governo do Rio Grande do Sul também irá disponibilizar R$ 10,9 milhões para a perfuração de poços e a extensão de redes de distribuição de água em 128 municípios que estão em situação de emergência. Na próxima segunda-feira (06), começam a ser entregues cinco mil cestas básicas, doadas pela CONAB, para comunidades indígenas e quilombolas atingidas pela estiagem.
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