Servidor do Ministério do Planejamento morreu após passar por 3 hospitais.
Delegada disse que falou com viúva por telefone; hospitais negam recusa.
De acordo com a delegada, Cássia Gomes informou que sabia que o plano de saúde de Duvanier não era aceito nos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia, em que eles procuraram atendimento. O G1 tentou contato com a mulher do secretário, que está em São Paulo, mas não conseguiu falar com ela.
Segundo a delegada, a viúva disse que os hospitais teriam cobrado o pagamento antecipado para receber Duvanier e que ela estava disposta a pagar o valor, mas que estava sem dinheiro na hora. A delegada não informou quanto os hospitais teriam pedido pelo atendimento.
O Hospital Santa Lúcia nega a cobrança de pagamento antecipado. O advogado do hospital, Frederico Donati Barbosa, afirmou nesta segunda-feira (23) que a instituição não vai apresentar defesa.
Um representante do escritório de advocacia Lopes de Oliveira e Versiani, que defende o Hospital Santa Luzia, acompanhou na tarde desta terça-feira o depoimento dos funcionários ouvidos pela polícia. Ele informou que não estava autorizado a falar sobre o assunto.
Nesta segunda, porém, a direção do Santa Luzia informou que os funcionários do plantão relataram que não houve nenhuma negativa de atendimento na noite de quinta-feira, quando o secretário morreu.
Depoimentos
Três funcionários do Hospital Planalto, onde o secretário morreu, e três do Hospital Santa Luzia prestaram depoimento sobre o caso nesta terça-feira. Um funcionário do Hospital Planalto que não quis se identificar disse ao G1 que Duvanier chegou ao hospital dirigindo.
"O secretário estava com a esposa e ela veio me perguntar se o plano de saúde Geap, era aceito. Eu disse que sim, ela se dirigiu para o balcão e o Duvanier se sentou em uma cadeira. Enquanto ela preenchia uma ficha de cadastro o secretário começou a vomitar de forma intensa. Na mesma hora os enfermeiros foram chamados e o levaram para a sala de emergência. Eu não o vi mais depois disso", afirmou o funcionário.
Uma recepcionista, que também não quis se identificar, afirmou que o secretario deu entrada no hospital às 5h06 de quinta e consta no sistema que ele foi medicado às 5h10. "Eu não vi ele vomitando, mas vi que ele tinha desmaiado", disse.
A chefe da Delegacia do Consumidor informou que já recebeu as imagens das câmeras de segurança dos hospitais já foram enviadas para o Instituto de Criminalística e que, apesar do incêndio que atingiu o local na sexta, os peritos vão conseguir analisar o material.
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