terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Safras de soja e milho terão redução em 2012, diz diretor da SNA


Sociedade Nacional de Agricultura prevê impactos da seca no RS e SC.
‘A safra verão de milho vai ter redução de 2,47%’, diz Fernando Pimentel.

Bernardo Tabak Do G1 RJ

O diretor técnico da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA), Fernando Pimentel, afirmou nesta segunda-feira (30) que houve uma redução na previsão da safra de soja e de milho para 2012. De acordo com Pimentel, na safra de verão deverão ser produzidos 70,89 milhões de toneladas de soja e 36,9 milhões de toneladas de milho.
“Isso representa menos 3,5 milhões a 4 milhões de toneladas a menos de soja e 1,5 milhão a 2 milhões de toneladas a menos de milho”, ressaltou. “A safra verão de milho vai ter uma redução de 2,47%”, complementou Pimentel.
“Nesses resultados já estão relacionados os impactos da seca no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no oeste do Paraná e no sul do Mato Grosso do Sul”, enfatizou o diretor técnico da SNA.
Apesar das previsões, por conta das condições climáticas, Pimentel mantém o otimismo para o agronegócio em 2012. “O Brasil, de uma maneira geral, está produzindo muito bem. Vai ser uma safra muito boa, embora com redução de soja e milho”, comentou. “De qualquer forma, os preços agrícolas estão se mantendo, e isso permite que a renda no campo se mantenha também”, complementou.
Pimentel ressaltou que, nas regiões Oeste e Centro-Oeste, “muito já se vendeu de algodão e de soja” para 2012. “Então, isso permite que, mesmo com um pequeno declínio dos preços agrícolas, que ocorreu recentemente por causa da crise na Europa, a renda no campo já está garantida para os produtores de médio e grande porte dessas regiões”, afirmou.
O diretor técnico da SNA disse que a crise europeia não o preocupa. “Eu não ficaria intranquilo com essa situação. Para quem produz o alimento, não há com se preocupar. “A situação da Europa pode interferir nas nossas vidas, mas eu não vejo ninguém deixando de comer, nem na Europa, nem na China”, observou. “A crise de 2008 foi muito mais aguda do que essa e não gerou grandes problemas para o produtor rural”, acrescentou.
Para Pimentel, no cômputo geral, a safra brasileira sinaliza um “ambiente de otimismo, independente dos problemas de clima”.

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