terça-feira, 31 de janeiro de 2012

ONGs do AM recebem R$ 70 mil para combate à exploração sexual juvenil


Encontro reúne ONGs e empresas no combate a exploração sexual.
Repasse é fruto de colaboração de diferentes empresas.

Girlene Medeiros Do G1 AM
Violência Sexual 3 (Foto: TV Globo)Instituições vão atuar no combate à violência sexual.
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Uma equipe do Instituto Childhood Brasil e uma rede hoteleira, instalada em Manaus, se reúnem, na manhã desta terça-feira (31), em um hotel localizado na Zona Sul da capital amazonense, para a realização de oficinas que dão início ao repasse de R$ 70 mil para três Organizações Não Governamentais (ONGs), implantadas em Belém (PA), Manaus e Manacapuru, município situado a 68 km da capital. A ação objetiva o combate aos casos de violência sexual em crianças e adolescentes. O evento ocorre até quinta-feira (2).
O encontro inicia com oficinas que vão discutir projetos propostos e fazer a integração das ONGs que os executarão. No Amazonas, o Instituto de Ação Social Vida e Saúde do Amazonas (IASVISAM) e a Associação para o Desenvolvimento Integrado e Sustentável (Adeis) vão receber os investimentos. Em Belém (PA), os valores são destinados ao Movimento República do Emaús (MRE).
As ONGs participaram de um processo licitatório e foram escolhidas entre 20 instituições em outubro de 2011. Segundo o gerente geral da rede hoteleira, que está envolvida nas ações em parceria com a Childhood Brasil, Arilson Freitas, a ação é pioneira na região Norte.

"Alguns projetos relativos a abusos sexuais são muito focados em outras regiões do país. No Norte, a gente não tinha nenhum projeto apoiado dessa forma pela Childhood", explicou o gerente. "Em Manaus, há instituições que trabalham com câncer e que também atendem crianças que sofreram abusos mas não há nenhuma específica para denunciar e atuar diretamente em divulgações de denúncias de suspeita de abuso sexual", afirmou Freitas.
De acordo com a Coordenadora de Programas, da Childhood Brasil, Anna Flora Werneck, é difícil saber o tamanho dos problemas relacionados ao abuso sexual na região Norte e no Brasil. "O abuso sexual acontece dentro de casa, de maneira velada. É difícil saber o tamanho do problema já que fica encoberto. No caso da prostituição, o turismo está vinculado. O foco das ações costumam ser no nordeste do país mas a situação é complicada em todo o país", afirmou ao G1.
Ainda segundo a coordenadora do Instituto Childhood Brasil, a quantidade de denúncias não refletem o tamanho do problema. "Essas ações devem beneficiar milhares de pessoas porqe as pessoas costumam denunciar ainda mais quando há divulgação. Então, devem surgir mais e mais casos divulgados", explicou Werneck.

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