Fiscais agropecuários flagraram a colocação de brincos de identificação.
Origem do rebanho não foi informada às autoridades sanitárias.
O Ministério da Agricultura proibiu a comercialização demais de duas mil cabeças de gado depois que fiscais agropecuários flagraram a colocação de brincos de identificação em 209 animais, trabalho irregular já que a origem do rebanho não foi informada às autoridades sanitárias.
"Essa propriedade será monitorada como uma propriedade de risco até que tudo se esclareça. Ela fica interditada para a movimentação de animais tanto para dentro quanto para fora. Ele não pode retirar nenhum animal dessa propriedade sem que ter a anuência do órgão fiscal”, avisa Tereza Cristina, Secretária de Produção de Mato Grosso do Sul.
O gado irregular foi abatido no frigorífico em Ponta Porã. A dona da fazenda, que não quis gravar entrevista, disse desconhecer o abate e a interdição da propriedade.
Na região onde os fiscais apreenderam o rebanho há muitas fazendas voltadas para a engorda de animais. O pecuarista Rubens Gonçalves, que cria gado há 30 anos e tem mais de 200 cabeças, faz questão de vacinar os animais pessoalmente.
As Forças Armadas auxiliam no trabalho de fiscalização na área de fronteira, mas a região é de muitas estradas vicinais, algumas que dão acesso ao Paraguai, o que reforça a suspeita de que os animais sejam do país vizinho.
Desde que o primeiro foco de febre aftosa foi confirmado no Paraguai no ano passado está proibido o transporte de animais vivos vindos do país vizinho. Por isso, a Iagro informou que a fiscalização em postos fixos e volantes deve permanecer entre os dois países por tempo indeterminado. Os produtores que forem flagrados descumprindo a lei serão punidos.
“Eu espero que esse seja o último mau exemplo dado no estado. Eu espero que as pessoas entendam que a situação é muito ruim e que nós temos que preservar a nossa pecuária. Mas se isso não for possível e outros casos aparecerem nós vamos continuar punindo eventualmente”, avisa Tereza Cristina.
A Secretária de Produção de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina, disse ainda que não há prazo para a retirada do embargo. Uma investigação policial também deve ser aberta para esclarecer o caso. Segundo o Ministério da Agricultura, o lote abatido era sadio e não apresentou sintomas de febre aftosa
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