Utilização de tablets em restaurantes reduz custos e aumenta agilidade.
Empresa da cidade já desenvolve aplicativo para substituir garçons.
Marco Aurélio da Silva considera os custos como
investimentos (Foto: Hismênia Keller / G1)
Toda vez que tinha alteração no menu, seja por preço ou por falta do produto, o empresário e proprietário de um restaurante em Uberlândia, Marco Aurélio da Silva, precisava ir à gráfica para fazer as alterações. Com a chegada dos tablets ao Brasil, no fim do ano passado, Marco Aurélio resolveu investir no cardápio interativo.investimentos (Foto: Hismênia Keller / G1)
No restaurante havia três tipos de cardápios que agora se transformaram em um só. “Eu já trabalhava com os porta-retratos digitais para colocar as fotos das sobremesas. Os clientes gostaram da ideia de poder ver como era o prato antes mesmo de chegar à mesa. Já pensava em fazer isso com o cardápio dos pratos à La Carte e da carta de vinhos, mas não havia nada no mercado que proporcionasse isso, com a chegada do tablet ao país, resolvi meu problema”, contou o empresário.
Além disso, segundo o empresário, há várias vantagens em ter um cardápio interativo, pois ele pode ser usado por qualquer pessoa de todas as idades. “Quando não há no resturante um item que está no cardápio ou há alguma alteração de preço, com apenas um comando no sistema é possível alterar todos os tablets ao mesmo tempo. Outro ponto importante é a questão da luz, como temos um ambiente um pouco escuro, não existe aquele problema de não enxergar como acontecia no cardápio de papel,” explicou Marco Aurélio, que disse ainda não ter percebido rejeição dos clientes quanto a mudança.
Tablet reduziu custos com gráficas.
(Foto: Hismênia Keller / G1)
Atualmente, o restaurante tem 50 tablets, 100 mesas e funciona todos os dias da semana. Para o empresário, a troca do cardápio de papel por um eletrônico não foi visto como um custo, mas como um investimento. “Por ser diferente dos outros, temos um diferencial que paga os custos. Hoje, nãoinvestir em tecnologia é andar para trás diante das inovações,” disse Marco Aurélio.(Foto: Hismênia Keller / G1)
Há dez meses, Alexandre Rangel, inaugurou um restaurante de comida japonesa na região central de Uberlândia já utilizando o cardápio eletrônico. “A comida japonesa não é apenas sushi e sashimi. Existem vários pratos e com o tablet é possível ver a imagem da comida e a sua descrição, o que facilita as pessoas que não conheçam bem a culinária japonesa a conhecer outros pratos”, contou Alexandre.
Para o proprietário do restaurante japonês, o importante não foi o custo dos equipamentos, mas a satisfação do cliente, uma vez que na rua onde está localizado há outros dois restaurantes da mesma culinária. Com isso, há quatro meses, Alexandre abriu outro restaurante, mas à La Carte. Atualmente, os dois restaurantes contam com 20 tablets.
Aplicativo
Uma das empresas que ajudou a desenvolver o aplicativo para os dois restaurantes de Uberlândia já criou outro aplicativo mais moderno. O My Waiter - 'Meu Garçom' em português - substituiu a rotina de um restaurante tradicional onde é preciso esperar o garçom para fazer o pedido. “Com esse aplicativo no tablet, o cliente faz o pedido que será enviado direto para a cozinha, sem precisar de um garçom anotar, evitando também erro na comunicação. Além disso, estamos trabalhando em outro aplicativo que permitirá fazer o pagamento da conta também pelo tablet", contou o proprietário de uma das empresas de desenvolvimento de softwares, Anibal Alkmim Santos.
Mas fica a pergunta: será que com essa modernidade, os garçons ficarão sem emprego? Segundo o analista do Sebrae-MG, Fabiano Alves, haverá um maior qualificação no mercado. “Pode ser que aconteça um caso ou outro devido à clientela de alguns estabelecimentos, mas isso irá promover uma busca pela qualificação do profissional”, comentou.
Anibal disse também que já está desenvolvendo aplicativos para o sistema Android para que possam atender outros tipos de tablets. “A idéia é atingir mais pessoas e também com outros custos. O tablet como forma de cardápio abre um leque de opções nos menus dos restaurantes, pois é possível colocar tudo que o estabelecimento oferece. É uma tendência de mercado”, finalizou.
Anibal Alkimim e Pedro Marciano, que ajudaram na criação dos softwares, já pensam em outros aplicativos. (Foto: Hismênia Keller / G1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário