sábado, 26 de novembro de 2011

Pacientes em tratamento de câncer dão show na passarela, no ES

 

40 pacientes que estão em tratamento desfilaram em Vitória.
Até o fim deste ano mais 500 mil casos de câncer serão registrados, diz Inca.

Do G1 ES
40 pacientes que estão em tratamento desfilaram em Vitória. (Foto: Guilherme Ferrari/Divulgação Cecon)40 pacientes que estão em tratamento desfilaram em Vitória. (Foto: Guilherme Ferrari/Divulgação Cecon)
Superação é uma palavra que faz parte da rotina das pessoas que estão em tratamento de câncer, e quando esses pacientes – independente do seu estágio no tratamento – criam coragem para enfrentar uma passarela,  as pessoas podem perceber que ela realmente é fundamental na luta contra a doença e chave de sucesso para a cura.
Até o fim deste ano mais 500 mil casos de câncer serão registrados, diz Inca. (Foto: Guilherme Ferrari/Divulgação Cecon)Desfile aconteceu em Vitória.
(Foto: Guilherme Ferrari/Divulgação Cecon)
No 5º Pensando o Câncer de Forma Diferente é exatamente isso que aconteceu. Cerca de 40 pacientes do Centro Capixaba de Oncologia (Cecon) mostraram neste sábado (26) em Vitória, no Espírito Santo, a importância da valorização da vida. O evento aconteceu na véspera do Dia Nacional do Combate ao Câncer.
Em meio a provas de roupas, ansiedade e expectativa, os pacientes se prepararam para o grande dia. O tema escolhido para este ano foi a esperança. Na passarela, desfilaram peças exclusivas para o evento, produzidas por estudantes do curso de Design de Moda de uma faculdade de Vitória.

A assistente social Erika Cristina Cesconetto de 36 anos, é uma das pessoas que participaram pela primeira vez do desfile. Tímida, ela, que nunca nem brincou de ser modelo, topou o desafio. “Estou animada. É uma oportunidade que a gente tem de melhorar a nossa autoestima e a dos demais pacientes. Esses eventos fazem com que as pessoas se conheçam melhor, troquem informações e percebam a importância de se dedicar ao tratamento com alegria”, diz.
Já a bióloga Marister Costa Dalvi Passamani, 52 anos, é considerada modelo oficial do evento. Ela desfilou em todas as edições e vê no Pensando o Câncer de Forma Diferente uma oportunidade para renovar as energias. “Quando você sobe na passarela e vê todas aquelas pessoas te olhando, te aplaudindo, isso te dá uma força muito grande. Toda aquela energia penetra muito forte dentro da gente. Só de lembrar chego a ficar arrepiada”, conta.
Evento foi planejado com a ajuda de 80 profissionais (Foto: Guilherme Ferrari/Divulgação Cecon)Evento tefe ajuda de 80 profissionais
(Foto: Guilherme Ferrari/Divulgação Cecon)
Para a estudante Ingrid Batista Martins, que desenvolveu, junto com a colega Ana Maria da Rocha, a roupa que uma paciente usou, a experiência tem sido mais que gratificante.
“É muito bom poder contribuir com um momento tão especial para essas pessoas. Trabalhamos em parceria com a nossa modelo, para deixá-la bem à vontade. O importante é que a roupa esteja do jeito que ela quer. Estamos felizes e satisfeitas”, contou Ingrid.
Programação
O evento foi planejado com a ajuda de 80 profissionais, envolvidos durante um ano na realização do trabalho. Além do desfile de moda, houve apresentação de um sarau de músicas e poesias, preparado por pacientes e ex-pacientes.

Durante o evento a mastologista Maira Caleffi, presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), falou sobre o tratamento, a relação com a família e sobre como o câncer muda a vida de qualquer pessoa. Ela e a outra palestrante, defenderam a importância da participação dos pacientes em grupos de apoio.
Depois do desfile o sarau com muita música e dança, em Vitória (Foto: Guilherme Ferrari/Divulgação Cecon)Depois do desfile o sarau com muita música e dança, em Vitória (Foto: Guilherme Ferrari/Divulgação Cecon)

Números
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), espera-se que até o fim deste ano cerca de 500 mil casos de câncer sejam registrados no Brasil. Os tipos mais incidentes, à exceção do câncer de pele do tipo não melanoma, serão os cânceres de próstata e de pulmão no sexo masculino e os cânceres de mama e de colo do útero no sexo feminino.

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