No encontro, elas fizeram um balanço da safra e da atividade.
Evento foi no fim de semana na região norte do Piauí.
No calor de 36º C começa a colheita dos cocos que caem das palmeiras. Depois vem o trabalho mais arriscado, a quebra dos frutos.
Trabalho tem muito e para dar conta, toda a família participa. Os cocos de onde tiram o sustento estão nos assentamentos onde moram. Para conseguir R$ 24 por semana são necessários 10 quilos. Tudo fica dentro de um colfo, uma bolsa feita com a própria palha da palmeira.
Quando as quebradeiras de coco falam que o resultado do trabalho é o quilo do coco, na verdade não é o coco em si, mas o que tem dentro dele: a amêndoa. Para conseguir encher um colfo, elas precisam passar um dia inteiro na mata.
No fim do dia, chega a hora de voltar com as amêndoas para casa, onde transformam o que quebraram em óleo, farinha e até sabão.
A criatividade deu tão certo que as quebradeiras de coco do Piauí se reuniram e, com a ajuda da Pastoral da Terra, criaram uma associação com mais de 70 mulheres na comunidade de Ezequiel, em Miguel Alves, há mais de 200 quilômetros de Teresina.
Há cinco anos elas se encontram, traçam um balanço dos trabalhos e festejam as conquistas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário