sábado, 29 de outubro de 2011

Médicos de dois hospitais suspendem cirurgias na Paraíba

 

Cirurgias eletivas já estão suspensas no HU de João Pessoa.
Já no Hospital Infantil Arlinda Marques, greve começa no dia 1º de novembro.

Do G1 PB
Médicos de dois hospitais localizados em João Pessoa resolveram suspender a realização de cirurgias. No Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), os procedimentos eletivas não serão realizados por mais 20 dias. Já no Hospital Infantil Arlinda Marques, administrado pelo governo estadual, o atendimento será suspenso no dia 1º de novembro.
No caso do HU, as cirurgias estão suspensas desde a tarde da quarta-feira (26). Os médicos argumentam que faltam materiais como bisturi, fio, dreno, aspirador, entre outros. Os funcionários calculam que, a cada dia, deixam de ser feitas em torno de 12 cirurgias de 14 especialidades diferentes. Estão mantidas apenas as cirurgias de urgência e os partos das gestantes de alto risco.
Na sexta-feira (28), os médicos, o diretor do hospital, João Batista, e o reitor Rômulo Polari se reuniram para encontrar uma solução para a falta de material cirúrgico, sucateamento dos equipamentos e problemas estruturais do bloco cirúrgico. De acordo com João Batista, a reforma no bloco será iniciada imediatamente e a aquisição do material necessário será negociada com os fornecedores, para que cheguem ao hospital o mais rápido possível.
“Todos os procedimentos que já estavam agendados serão reprogramados para que os pacientes não sejam prejudicados”, destacou o diretor do hospital. Ele destacou também que foi formada uma comissão com membros do hospital e da reitoria para avaliar os déficits do hospital e propor soluções.
Arlinda Marques
O contrato entre a Secretaria de Estado da Saúde e a Cooperativa dos Cirurgiões (Copecir) está vencido desde agosto. Os médicos argumentam que o documento é a segurança mínima que eles têm para o exercício da atividade profissional, embora não garanta direitos como 13º salário, aposentadoria ou férias.
O presidente da cooperativa, José Helman Palitó, informou que 12 cirurgiões pediatras atendem no hospital. Segundo ele, diariamente nove cirurgias eletivas são realizadas. A suspensão das atividades por parte dos cirurgiões prejudica cirurgias agendadas previamente, além das de urgência e de emergência e o acompanhamento de pacientes.
Segundo Helman, foram feitas várias tentativas para renovação do contrato com a Secretaria Estadual de Saúde nos últimos dois meses, mas com dificuldade nas negociações. A reportagem procurou o secretário estadual de Saúde, Waldson de Souza, para falar sobre o assunto, mas apesar das várias tentativas de contato por telefone celular, não obteve êxito.

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