domingo, 30 de outubro de 2011

Galo se impõe na Arena do Jacaré, faz 2 a 1 no Palmeiras e sobe na tabela

 

Vitória deixa o Atlético-MG na 14ª colocação, na zona de classificação
para a Copa Sul-Americana. Palmeiras segue em má fase e ainda pode cair

Por Marco Antônio Astoni Sete Lagoas, MG
 
O que se viu neste domingo, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, foi um confronto entre uma equipe muito motivada, pela situação difícil Campeonato Brasileiro, o Atlético-MG, e outra que apenas entrou em campo, o Palmeiras. Desde os primeiros minutos, o Galo, empurrado pelos gritos dos mais de 17 mil torcedores, que lotaram as arquibancadas, partiu para cima, em busca da vitória. E ela veio, importante como nunca para o Galo, com gols de Neto Berola, no primeiro tempo, e Fillipe Soutto, no segundo. Luan ainda descontou no fim da partida.
Neto Berola comemora gol do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / Site Oficial do Atlético-MG)Neto Berola comemora gol do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / Site Oficial do Atlético-MG)
Além da apreensão do torcedor atleticano, que ainda convive com o risco de cair para a Série B do Brasileirão, a partida teve outros motivos para ser dramática e polêmica. No primeiro gol do Galo, comissão técnica e jogadores do Verdão não se conformaram e reclamaram bastante de uma possível posição de impedimento de Neto Berola. No decorrer da partida, Maurício Ramos e Valdívia, ambos por faltas violentas, foram expulsos pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique, do Rio de Janeiro. No fim do jogo, mesmo com dois a menos, o Palmeiras fez uma pressão incrível e quase empatou o jogo.
Com o resultado, o Galo chegou aos 36 pontos, se aproveitou de uma rodada perfeita - já que Bahia, Cruzeiro, Ceará, Atlético-PR, Avaí e América-MG perderam - e deu um salto na tabela de classificação. O time mineiro chegou à 14ª posição, já na zona de classificação à Copa Sul-Americana. Já o Palmeiras, com mais uma derrota, permaneceu com 41 e ainda corre um risco, mesmo que pequeno, de ser rebaixado para a Segunda Divisão.
Os dois times voltarão a campo no próximo fim de semana. No sábado, às 19h (de Brasília), o Atlético-MG receberá o Grêmio, mais uma vez, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. No domingo, também às 19h, o Palmeiras terá seu algoz na Copa do Brasil, o Coritiba, pela frente. O jogo será realizado na Arena Barueri, no interior de São Paulo.
Galo melhor e mais efetivo
O primeiro momento interessante se deu logo após a saída de bola. Uma interferência no sistema de som da Arena do Jacaré fez com que uma emissora de rádio fosse retransmitida pelos alto-falantes. A arbitragem paralisou a partida por cerca de dois minutos.
Depois que a bola rolou, o jogo se desenvolveu em um roteiro que já era esperado. O Atlético-MG, pressionado pela posição dramática na tabela de classificação, demonstrava mais interesse e buscava o gol com maior constância. A dupla de meias Bernard e Daniel Carvalho estava inspirada, buscava espaços e construía boas jogadas para Neto Berola. O problema é que André não estava no mesmo ritmo.
Por outro lado, o Palmeiras, mesmo sem grandes objetivos no Brasileirão, não estava morto. Ainda que não fosse tão efetivo no ataque, levava perigo a Renan Ribeiro. O goleiro atleticano, aliás, evitou gol certo do Verdão, quando, após boa trama de Valdívia e Luan, Fernandão, da entrada da pequena área, bateu forte. Renan fez uma defesa salvadora.
Mas o futebol não perdoa. E no primeiro ataque do Galo após o erro de Fernandão, Neto Berola abriu o placar, aos 36 minutos, após lindo passe do jovem Bernard. Jogadores e comissão técnica do Palmeiras reclamaram bastante de uma possível situação de impedimento do atacante atleticano.
Após o gol, o Palmeiras se encolheu e, nos minutos finais do primeiro tempo, foi dominado pelo time mineiro, que tentou ampliar o placar, mas não conseguiu. A vitória parcial foi justa e premiou o time que mais jogou bola nos primeiros 45 minutos.
Vitória no sufoco
O segundo tempo começou com o Palmeiras mais ligado na partida e o Atlético-MG passivo em campo. O problema do time paulista continuava o mesmo da etapa inicial: a lentidão de Fernandão. O jogador, que tem no cabeceio sua principal característica, era refém de um esquema de jogo que não privilegiava a bola aérea.
Porém, o Galo equilibrou o jogo. E bastou deixar as ações parelhas para ampliar o placar. Aos 17 minutos, Fillipe Soutto arrancou com a bola, de cabeça erguida, tabelou com André, e recebeu livre na área. Com muita frieza, tocou no canto de Deola, para dar tranquilidade ainda maior ao Atlético-MG.
O Palmeiras sentiu o golpe. Felipão mandou Maikon Leite e João Vitor para o jogo, mas logo depois, Maurício Ramos foi expulso, o que complicou ainda mais as coisas para o Palestra. O Atlético-MG, senhor da partida, tocava a bola tranquilamente, colocando o adversário na roda. Até que Valdívia perdeu a cabeça, recebeu o segundo cartão amarelo, após um carrinho por trás em Pierre, e também foi expulso.
Quando parecia que o jogo caminharia assim até o fim, ou que o Atlético-MG ampliaria o placar, foi o Palmeiras quem marcou, com Luan, aos 38 minutos, após boa jogada de Maikon Leite. O Verdão ainda esboçou um sufoco para cima do Galo e quase empatou, mas com dois jogadores a menos, a missão era praticamente impossível.

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