Constituição permite esse tipo de celebração desde 1988.
Francês e baiana se conheceram pela internet.
"Estando os terreiros regularizados, com os estatutos discriminando quem são os celebrantes, os presidentes das solenidades, a Justiça aceita isso como representação no terreiro para que seja feito o casamento religioso com efeito civil", explica Alberto dos Santos, juiz.
O dia foi de preparativos, com todo o simbolismo que a tradição da religião exige. Primeiro houve a separação das folhas da pitangueira. "As folhas representam o caminho", explica uma das organizadoras do evento.
No barracão, incenso para purificar o ambiente. Um tapete de folhas e pétalas foi preparado para o casal. O noivo chegou ao terreiro ao som do berimbau e quando a noiva entrou no terreiro os alabês deram o toque nos atabaques.
A cerimônia durou 40 minutos e foi marcada pela emoção dos noivos e da família. A baiana Camila e o francês Máximo se conheceram pela internet, se apaixonaram e mesmo não sendo iniciados na religião afrobrasileira, resolveram se casar no candomblé.
"É a religião que mais se aproxima da nossa ideia de energia, de vida, de tudo", justifica Máximo Rangoni, empresário.
"Que isso aconteça mais vezes em Salvador, que é a terra do axé. Deus é um só e tendo fé isso é o que vale", conclui Camila Rangoni, secretária.
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