Além de cantar bem, as aves devem ficar mais tempo cantando para vencer.
Enquanto os machos cantam, as fêmeas são colocadas em local reservado.
Campeonato atrai pessoas de todo o país em
Rondonópolis (Foto: Reprodução/ TVCA)
Quase 300 pássaros das espécies bicudo e curió participaram de um torneio nacional de canto em Rondonópolis, a 213 quilômetros de Cuiabá. Por 10 minutos, os competidores tiveram os sons avaliados por uma comissão julgadora, formada por alunos da Escola Estadual Odorico Leocádio da Rosa, no município. Essa é a segunda etapa do competição nacional.Rondonópolis (Foto: Reprodução/ TVCA)
Conforme o regulamento da prova, não basta cantar bem. É preciso ficar por mais tempo cantando para sair vencedor. De acordo com o juiz da prova, Manoel Tonhá, os estudantes recebem um cronômetro e são treinados antes para marcar apenas o que o pássaro cantar durante os 10 minutos. "Na etapa final, o tempo de análise é de 15 minutos", afirmou.
Para conseguir prestar atenção em um único competidor, um dos julgadores, João Otávio Ulian, de 11 anos, aconselha que é preciso reparar o "gogó" do animal pois, segundo ele, às vezes, o animal está mexendo o bico porque está comendo e não cantando. Coincidentemente, um dos competidores possui 11 anos e é bicampeão nacional e veio de São Paulo. O dono do pássaro e de outros três participantes, Lúcio Luiz Cazarotti, orienta sobre a necessidade de tomar cuidado com a alimentação e ir regularmente ao veterinário e jamais dar medicamento por conta própria.
Apenas os machos podem concorrer à disputa. Enquanto isso, as fêmeas ficam em uma sala reservada e os machos ficam chamando por elas. "Nós tiramos as fêmeas e guardamos e o macho vai cantar para defender o seu território e patrimônio, que é a fêmea", explicou o presidente da Associação de Passarinheiros de Rondonópolis, Jorge Carlos Castilho.
Antes do torneio, um biológo realiza uma vistoria minuciosa nas gaiolas, anilhas, documentações, guias de transporte e sanidade das aves. Além disso, técnicos do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fiscaliza e monitora o evento. Todos os criadores são registrados no sistema do órgão federal e, caso contrário, não podem participar da disputa, como informou o biólogo do Ibama, César Soares.
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