quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Otimismo do empresário da construção é o menor desde 2010

 

Apesar de queda, ainda está acima de 50 pontos, o que denota otimismo.
Otimismo cai porque empresários veem ambiente menos favorável, diz CNI.

Do G1, em Brasília
O otimismo dos empresários sobre o nível de atividade da construção civil em setembro é o menor desde janeiro de 2010, informou nesta quarta-feira (28) a Confederação Nacional da Indústria (CNI).A entidade realizou pesquisa entre 1º a 19 de setembro com 417 empresas do setor, das quais 205 pequenas, 164 médias e 48 grandes.
De acordo com a CNI, o otimismo dos empresários está no patamar mais baixo desde o início da série histórica da entidade, em janeiro do ano passado. As expectativas dos industriais do setor para o nível de atividade nos próximos seis meses registraram 56,2 pontos, contra 60,1 pontos em agosto. No começo de 2010, o otimismo estava em 70,6 pontos.
Segundo a CNI, o indicador varia de zero a cem pontos. Valores acima de 50 pontos indicam aumento da atividade, produção acima do usual ou expectativa positiva. "O otimismo está bem menor porque os empresários do setor percebem um ambiente bem menos favorável aos negócios agora do que em meses anteriores”, avaliou o economista da entidade, Danilo Garcia.
Próximos seis meses
Em relação às expectativas para os próximos seis meses para novos empreendimentos e serviços, compras de insumos e matérias-primas e número de empregados, também houve queda no otimismo, informou a CNI.
O indicador de novos empreendimentos e serviços caiu de 60,1 pontos em agosto para 57,6 pontos em setembro, de acordo com a entidade, enquanto o de compra de matérias-primas recuou de 59,7 para 55,5 pontos e o de número de empregados registrou declínio de 60,1 para 55,9 pontos no período.
Por estarem acima da linha divisória dos 50 pontos, esses indicadores mostram que os empresários acreditam que haverá crescimento dos negócios e empregos do setor nos próximos meses, embora em ritmo menor.
Estabilidade
Já sobre o nível de atividade da construção em agosto na comparação com julho, o indicador ficou estável, ao registrar 50,1 pontos. Entretanto, segundo a Confederação Nacional da Indústria, o desempenho do setor ficou abaixo do usual para o mês, com 48,4 pontos.
Em relação ao número de empregados ante julho, o indicador atingiu 49,5 pontos. “Consideramos que houve estabilidade na evolução de empregos do setor, pois a pesquisa tem uma margem de erro e esse indicador ficou muito próximo da linha divisória dos 50 pontos”, avaliou Garcia, da CNI.
Tanto para as pequenas quanto para as médias empresas da construção, houve recuo na atividade e no emprego, enquanto as grandes registraram pequeno crescimento, destacou a entidade. "Mais afetadas pela piora no desempenho da construção, as empresas de pequeno porte registraram queda no nível de atividade pelo terceiro mês consecutivo, com indicador abaixo da linha divisória dos 50 pontos", concluiu a entidade.

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