quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Informais no DF ganham mais que os com carteira assinada, aponta PED

 

Sem carteira assinada recebem R$ 2.181; assalariados recebem R$ 2.091.
Em agosto, 521 mil tinham carteira assinada e 96 mil estavam na informalidade.

Do G1 DF
O rendimento médio real dos informais em agosto de 2011 foi maior que dos com carteira assinada no Distrito Federal. O dado é da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada nesta quarta-feira (28) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As pessoas que não trabalham com carteira assinada recebem, em média, R$ 2.181, enquanto os assalariados ganham R$ 2.091. A pesquisa constatou ainda que em agosto 521 mil trabalhavam com carteira assinada no DF e 96 mil estavam na informalidade.

De acordo com os dados da primeira Pesquisa de Emprego e Desemprego realizada no Distrito Federal, em 1992, os trabalhadores com carteira assinadas recebiam em média R$ 1.404, enquanto os informais recebiam R$ 671. Ou seja, menos da metade do rendimento dos formais. Em 2010, a pesquisa apontou que o rendimento dos que não trabalham com carteira assinada subiu para R$ 1.073 e o dos assalariados caiu para R$ 2.292.
Para o diretor de gestão de informações da Codeplan, Júlio Miragaya, é surpreendente o rendimento médio dos sem carteira ter superado os dos com carteira. “É completamente inusitado. Isso pode estar associado a um movimento de compensação para segurar os trabalhadores não formalizados. É o primeiro mês que isso acontece desde que a pesquisa foi lançada. Precisamos esperar os próximos meses para ver se isso é uma tendência”, explicou.

O estudo do Dieese também indicou que a taxa de desemprego no mês de agosto foi de 12,3%, 0,1% a menos que a registrada em julho. Ao todo, 173 mil pessoas permanecem desempregadas no DF.

O tempo médio de procurada por trabalho, segundo a pesquisa do Dieese, reduziu de 47 semanas em agosto de 2010 para 44 semanas em agosto deste ano.

Jovens
Miragaya informou que a maior proporção de desemprego encontrada na pesquisa foi apontada entre a faixa etária de 16 e 24 anos: 27,6%. “Em qualquer mercado de trabalho, a questão do ingresso do jovem é mais difícil. Normalmente, a proporção de taxa de desemprego neste segmento é maior do que os segmentos de maior idade. Isso tem a ver com a baixa experiência e menor qualificação”, explicou.

Para diminuir o desemprego entre os jovens no DF, a Secretaria de Trabalho pretende criar cinco mil vagar de qualificação profissional em janeiro de 2012. A secretaria também oferecerá cursos profissionalizantes dentro das escolas, no contraturno. A estimativa do governo é ofercer duas mil vagas.

“Os projetos são voltados especificamente para o público jovem. Vão ser cursos em diversas áreas ocupacionais. É um projeto que nunca foi executado em Brasília. Na escola, é uma forma de colocar uma educação integral para os alunos de ensino médio”, disse o secretário do Trabalho do DF, Glauco Rojas.

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