quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Golpistas falsificam documentos para conseguir empréstimo, em Goiás

 

Servidor público teve documentos fraudados, mas foi alertado por financeira.
Prefeitura de Goiânia afirma que não repassa dados de servidores a terceiros.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
Golpistas em Goiânia estão falsificando documentos para conseguir dinheiro por meio de empréstimo consignado. O servidor público Jean Carlos Soares conta que só não caiu no golpe porque foi alertado pela funcionária de uma financeira. Somados os juros, o empréstimo de 50 mil reais já tinha sido liberado pelo banco em 48 parcelas de R$ 1.348.
Segundo ele, o fato mais impressionante foi que os documentos pessoais foram fraudados de forma grosseira e não foram conferidos na abertura da conta bancária e liberação do empréstimo. “Os dados não batiam. Minha cidade de naturalidade não era a da minha identidade. A foto não era a minha e, muito menos, minha assinatura”, afirma.
Jean acredita que a falha maior estava no Departamento de Consignação da prefeitura. Segundo ele, o próprio departamento informou que empréstimos abaixo de 48 vezes para pagamento não são fiscalizados. “E o falsário sabendo disso usou a margem máxima para o empréstimo”, conta.
O golpe do empréstimo consignado é considerado estelionato e, segundo a delegacia do consumidor, diminuiu muito por causa de um acordo com município, Estado e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Pelo acordo, o dinheiro do empréstimo só pode ser depositado na conta salário do servidor ou aposentado. Ainda assim, o delegado da Delegacia do Consumidor de Goiânia faz um alerta. “Não deve ser feito cadastro ou cópia de documentos que não vão ser usados. Porque é com os dados cadastrais que eles fazem a falsificação de documentos e tiram o empréstimo no banco.”

A Secretaria de Administração da Prefeitura de Goiânia disse que orientou o funcionário a procurar a polícia. E já alertou todos os bancos e financeiras cadastrados na prefeitura sobre a possibilidade de golpe a partir da falsificação de documentos. A Secretaria alega que não repassa dados pessoais de funcionários a terceiros.

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