quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Elevador privativo para juízes provoca polêmica em Salvador

 

Fórum Criminal de Sussuarana possui um elevador exclusivo para os juízes.
Ministério Público quer liberar a utilização para os promotores.

Do G1 BA com informações da TV Bahia
O recém-inaugurado Fórum Criminal no Centro Administrativo de Salvador está causando polêmica por conta de um elevador disponibilizado para uso privativo de juiz. Dos quatro elevadores existentes, outro é reservado para os presos que irão participar de audiências.
O Ministério Público não concordou com o que considera um privilégio para os juízes e diante da reclamação, o Tribunal de Justiça resolveu nesta semana reservar um dos dois elevadores que eram abertos ao público para uso exclusivo de promotores, defensores públicos e advogados, entretanto, a solução não foi suficiente para acabar com a discussão.
A Associação do Ministério Público da Bahia irá entrar com um pedido no Conselho Nacional de Justiça para que os 23 promotores do fórum possam utilizar o mesmo elevador dos juízes. Para a associação é uma questão de igualdade de direitos. “Há uma previsão na constituição brasileira que o tratamento dado ao promotor é o mesmo dado ao magistrado. Embora, seja de organizações distintas, eles possuem esse tratamento igual”, ressaltou Gilberto Amorim, Conselheiro da Associação do Ministério Público.
Para o advogado Raul Filho, não deveria haver esse tipo de hierarquia entre os representantes da justiça. “Não existe hierarquia entre juízes, membros do Ministério Público e nós advogados. Nós estamos todos juntos, porque precisamos de pressa, de locomoção. O tempo é apertado para estarmos trabalhando”, afirmou o advogado.
Nas ruas de Salvador a polêmica deixa a população indignada. “Tem tanta coisa mais importante para se discutir, por exemplo, os processos que estão atrasados”, destacou o operador de máquinas Luciano Santos. O corretor de imóveis, Antônio Correia acredita ser uma perda de tempo. “Meu amigo, eu acredito que é uma senhora perda de tempo”.
O Tribunal de Justiça do Estado informou que não irá comentar o assunto.

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